quinta-feira, 30 de setembro de 2010

só um documento... no domingo

Golpe do Gilmar dura 24 horas

Ainda não foi desta vez

O Conversa Afiada reproduz texto do blog Amigos do Presidente Lula (aquele que a Dra Cureau queria calar):

STF: Gilmar Mendes e José Serra perderam


O STF retomou o julgamento da exigência de apenas 1 documento para votar, após o mal-estar generalizado causado por Gilmar Mendes, ao paralisar a votação, pedindo uma inexplicável vista do processo.


O assunto ganhou ares de crise institucional quando notícias de hoje, deram conta de que o ato de Gilmar, com forte conotação política, se deu após um telefonema de José Serra (PSDB), testemunhado por jornalistas.


Falou-se nos corredores do STF em impeachment (expulsão) de Gilmar Mendes do Supremo. Até a OAB manifestou-se contrariada.


Com isso, a votação foi retomada hoje, e Gilmar Mendes destoou de todos os demais, votando por manter dois documentos na eleição.


Celso de Mello foi o nono a votar, e acompanhou os outros 7 votos, defendendo o fim de dois documentos para votar.


O placar de 7 x 0 ontem já garantia com folga a decisão de que os eleitores que não encontrarem o título de eleitor, poderão votar com outro documento de identidade com foto (como já acontecia nas eleições passadas).


O pedido de vistas feito por Gilmar Mendes, soou como manobra para impedir a decisão de vigorar nas eleições de domingo. A retomada da votação desmanchou qualquer manobra.

é isso aí...

Jornal inglês diz que Dilma é "uma líder extraordinária"

O jornal The Independent destacou neste domingo que o Brasil se prepara para eleger no próximo final de semana a "mulher mais poderosa do mundo" e "uma líder extraordinária". As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% - sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Jornal também afirma que candidata tem sofrido ataques em uma campanha impiedosa de degradação patrocinada pela mídia brasileira.

A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.

Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff seria mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.

Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa já tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma. Ele sustenta um status quo corrompido que mantém a imensa maioria na pobreza na América Latina, enquanto favorece seus amigos ricos.

A senhora Rousseff, filha de um imigrante búlgaro no Brasil e de sua esposa, professora primária, foi beneficiada por ser, de fato, a primeira ministra do imensamente popular Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical. Mas com uma história de determinação e sucesso (que inclui ter se curado de um câncer linfático), essa companheira, mãe e avó será mulher por si mesma. As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% - sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Há pouca dúvida de que ela estará instalada no Palácio Presidencial Alvorada de Brasília, em janeiro.

Assim como o Presidente Jose Mujica do Uruguai, vizinho do Brasil, a senhora Rousseff não se constrange com um passado numa guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e um tempo na cadeia como prisioneira política.

Quando menina, na provinciana cidade de Belo Horizonte, ela diz que sonhava respectivamente em se tornar bailarina, bombeira e uma artista de trapézio. As freiras de sua escola levavam suas turmas para as áreas pobres para mostrá-las a grande desigualdade entre a minoria de classe média e a vasta maioria de pobres. Ela lembra que quando um menino pobre de olhos tristes chegou à porta da casa de sua família ela rasgou uma nota de dinheiro pela metade e dividiu com ele, sem saber que metade de uma nota não tinha valor.

Seu pai, Pedro, morreu quando ela tinha 14 anos, mas a essas alturas ele já tinha apresentado a Dilma os romances de Zola e Dostoiévski. Depois disso, ela e seus irmãos tiveram de batalhar duro com sua mãe para alcançar seus objetivos. Aos 16 anos ela estava na POLOP (Política Operária), um grupo organizado por fora do tradicional Partido Comunista Brasileiro que buscava trazer o socialismo para quem pouco sabia a seu respeito.

Os generais tomaram o poder em 1964 e instauraram um reino de terror para defender o que chamavam “segurança nacional”. Ela se juntou aos grupos radicais secretos que não viam nada de errado em pegar em armas para combater um regime militar ilegítimo. Além de agradarem aos ricos e esmagar sindicatos e classes baixas, os generais censuraram a imprensa, proibindo editores de deixarem espaços vazios nos jornais para mostrar onde as notícias tinham sido suprimidas.

A senhora Rousseff terminou na clandestina VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Nos anos 60 e 70, os membros dessas organizações sequestravam diplomatas estrangeiros para resgatar prisioneiros: um embaixador dos EUA foi trocado por uma dúzia de prisioneiros políticos; um embaixador alemão foi trocado por 40 militantes; um representante suíço, trocado por 70. Eles também balearam torturadores especialistas estrangeiros enviados para treinar os esquadrões da morte dos generais. Embora diga que nunca usou armas, ela chegou a ser capturada e torturada pela polícia secreta na equivalente brasileira de Abu Ghraib, o presídio Tiradentes, em São Paulo. Ela recebeu uma sentença de 25 meses por “subversão” e foi libertada depois de três anos. Hoje ela confessa abertamente ter “querido mudar o mundo”.

Em 1973 ela se mudou para o próspero estado do sul, o Rio Grande do Sul, onde seu segundo marido, um advogado, estava terminando de cumprir sua pena como prisioneiro político (seu primeiro casamento com um jovem militante de esquerda, Claudio Galeno, não sobreviveu às tensões de duas pessoas na correria, em cidades diferentes). Ela voltou à universidade, começou a trabalhar para o governo do estado em 1975, e teve uma filha, Paula.

Em 1986 ela foi nomeada secretária de finanças da cidade de Porto Alegre, a capital do estado, onde seus talentos políticos começaram a florescer. Os anos 1990 foram anos de bons ventos para ela. Em 1993 ela foi nomeada secretária de minas e energia do estado, e impulsionou amplamente o aumento da produção de energia, assegurando que o estado enfrentasse o racionamento de energia de que o resto do país padeceu.

Ela fez mil quilômetros de novas linhas de energia elétrica, novas barragens e estações de energia térmica construídas, enquanto persuadia os cidadãos a desligarem as luzes sempre que pudessem. Sua estrela política começou a brilhar muito. Mas em 1994, depois de 24 anos juntos, ela se separou do Senhor Araújo, aparentemente de maneira amigável. Ao mesmo tempo ela se voltou à vida acadêmica e política, mas sua tentativa de concluir o doutorado em ciências sociais fracassou em 1998.

Em 2000 ela adquiriu seu espaço com Lula e seu Partido dos Trabalhadores, que se volta sucessivamente para a combinação de crescimento econômico com o ataque à pobreza. Os dois se deram bem imediatamente e ela se tornou sua primeira ministra de energia em 2003. Dois anos depois ele a tornou chefe da casa civil e desde então passou a apostar nela para a sua sucessão. Ela estava ao lado de Lula quando o Brasil encontrou uma vasta camada de petróleo, ajudando o líder que muitos da mídia européia e estadunidense denunciaram uma década atrás como um militante da extrema esquerda a retirar 24 milhões de brasileiros da pobreza. Lula estava com ela em abril do ano passado quando foi diagnosticada com um câncer linfático, uma condição declarada sob controle há um ano. Denúncias recentes de irregularidades financeiras entre membros de sua equipe quando estava no governo não parecem ter abalado a popularidade da candidata.

A Senhora Rousseff provavelmente convidará o Presidente Mujica do Uruguai para sua posse no Ano Novo. O Presidente Evo Morales, da Bolívia, o Presidente Hugo Chávez, da Venezuela e o Presidente Lugo, do Paraguai – outros líderes bem sucedidos da América do Sul que, como ela, têm sofrido ataques de campanhas impiedosas de degradação na mídia ocidental – certamente também estarão lá. Será uma celebração da decência política – e do feminismo.

Foto capa: Roberto Stucker Filho
Foto interna: Caco Argemi


Tradução: Katarina Peixoto


Também no twitter:


Repassem esta informação aos seus contatos.


Para facilitar a divulgação nesta última semana de campanha, fiz uma compilação dos emails falsos que circulam nesta campanha sobre Dilma Rousseff e seus respectivos desmentidos. Cada link remete ao leitor ao texto em questão. Espalhem, é importante:


A morte de Mário Kosel Filho: http://migre.me/1pfAb

A Ficha Falsa de Dilma Rousseff na ditadura http://migre.me/1pfCc

O porteiro que desistiu de trabalhar para receber o Bolsa-Família http://migre.me/1pfEJ

Marília Gabriela desmente email falso http://migre.me/1pfSW

Dilma não pode entrar nos Estados Unidos http://migre.me/1pfTX

Foto de Dilma ao lado de um fuzíl é uma montagem barata http://migre.me/1pfWn

Lula/Dilma sucatearam a classe média (B) em 8 anos: http://migre.me/1pfYg

Email de Dora Kramer sobre Arnaldo Jabor é montagem http://migre.me/1pfZH

Matéria sobre Dilma em jornais canadenses é falsa: http://migre.me/1pg1t

Declarações de Dilma sobre Jesus Cristo – mais um email falso: http://migre.me/1pg2F

Fraude nas urnas com chip chinês – falsidade que beira o ridículo: http://migre.me/1pg58

Vídeo de Hugo Chaves pedindo votos a Dilma é falso: http://migre.me/1pg6c

Matéria sobre amante lésbica de Dilma é invenção: http://migre.me/1pg7p

é isso mesmo

Só a política melhora uma nação

Engajamento político é exercício da cidadania e da democracia. Mais do que um direito, tomar partido, fazer opções políticas e defendê-las é um dever, ainda que facultativo. Apesar disso, é freqüente que aquele que assume as suas opções políticas e as defende com clareza seja acusado de ter interesses pessoais ou até escusos.

Pregar imparcialidade política é um esforço alienante de setores da sociedade que sempre foram favorecidos pela anestesia cívica. É uma mentalidade alimentada pelos que prescindem do Estado porque podem pagar por saúde, educação, segurança, entre outros serviços aos quais as massas só têm acesso quando providos por esse mesmo Estado.

Você passou a vida ouvindo que “os políticos são todos iguais”. Quem professa crença na política como forma de melhorar o país e a própria vida, na melhor das hipóteses sofre acusação de “ingenuidade”.

Os que não precisam do Estado não querem que as pessoas contem com ele, por mais que dele precisem. Afinal, para funcionar o Estado precisa de dinheiro, ou seja, tem que cobrar impostos, e os mais ricos sempre fogem de ser chamados a contribuir.

Contudo, ao contrário do que uma das elites que mais concentra renda no mundo – a elite étnico-regional que infesta este país – difunde através da sua máquina de embotar mentes – a mídia –, a política é a única esperança que a anomalamente alargada base da pirâmide social brasileira tem de melhorar de vida.

Desonesto é aquele que se diz “isento” em política como se essa fosse uma postura decente. É como se entre a escolha de passar fome e de não passar o sujeito devesse se manter “imparcial”.

Esta discussão está sendo proposta ao Brasil nesta campanha eleitoral, por mais que os mentirosos que se dizem isentos tentem impedir que prospere. Este cidadão, portanto, tem lado na disputa política, pois, apesar de estar entre a classe social que prescinde do Estado, acredita que um povo despolitizado e um Estado fraco levarão este país a uma guerra civil.

Sou eleitor de Dilma Rousseff e defendo que você, eleitor, também vote nela. Jamais serei isento em política. E anote bem o que direi: sempre que você ler ou escutar alguém dizendo que não tem lado, que é isento, imparcial e outras baboseiras, tenha certeza de que está diante de um idiota ou de um mentiroso.

ta uma correria danada, mas ta valendo ler tudo de hoje

Datafalha pediu arrego.
Agora, Dilma ganha no 1º. turno

Serra no telefone com o Gilmar, no Golpe; Dilma com o povo !


Já não é a primeira vez que o Datafalha corre desesperadamente para voltar à curva das pesquisas.

No “lançamento chabu” da candidatura do jenio, o Datafalha, apropriadamente, o obsequiou com uma generosa “pesquisa”.

Ante-ontem, anunciou o segundo turno.

Vox, Sensus e Globope preveem a vitoria da Dilma no 1º. turno.

A Folha (*) era a única que estava na contra-mão.

Hoje, na primeira página, ela acerta o passo, pede arrego e diz que a Dilma interrompeu a queda !!!

Jamais se viu na História das Eleições da Civilização Ocidental um candidato reverter o comportamento de tantos milhões eleitores, em 48 horas !

Essa Dilma, realmente, merece ser Presidente !

Vá entender de Massas assim lá na Bulgária !

Este salto triplo mortal – sem rede – do Otavinho era inevitável.

Ele tem que garantir a sobrevivência do negócio que herdou do pai.

Depois que o Datafalha levou a eleição para o 2º. turno, em poucas horas surgiu a corajosa entrevista do Marcos Coimbra ao Azenha.

O Globope (o Globope !!!) desmentiu o Otavinho.

E a Sensus idem, com a entrevista do Ricardo Guedes.

O Otavinho ficou pendurado num fio de cabelo.

Só se esqueceu de avisar à Eliane Catanhêde.

A notável colonista (**) continua a celebrar a ida para o segundo turno.

O problema dessa Folha (*) não é só o Golpe: ela é de péssima qualidade técnica.

Por falar nisso: como passa o Senador Tuma ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

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é isso que você quer para o BRASIL (?)

Polícia de Serra cerca casa de Netinho sem mandado

Aloisio Nunes, candidato de Serra, está atrás de Netinho nas pesquisas


O Conversa Afiada reproduz post do Viomundo, do Azenha:

Polícia paulista dispara bala de prata em Netinho


Netinho é alvo de blitze por suspeita de fraude


AE – Agência Estado


A Polícia Civil de São Paulo fez uma varredura na casa do candidato ao Senado Netinho de Paula (PC do B), na manhã de ontem, para apurar denúncias de fraude nos bens declarados por ele à Justiça. Netinho se tornou alvo de investigação criminal aberta na Promotoria Eleitoral de Barueri, na Grande São Paulo, após denúncia de que ele não teria declarado a casa onde mora com os filhos no condomínio Alphaville 8.


Dois investigadores e um perito criminal vasculharam e fotografaram a parte externa, a piscina, o campo de futebol e o salão de festas, mas foram impedidos de entrar por um dos filhos de Netinho. O candidato não estava em casa. Segundo o advogado de Netinho, Alexandre Rollo, os policiais não tinham mandado de busca. O procedimento criminal para “apuração ?em tese? da infração do artigo 350 do Código Eleitoral (omissão de bens)” foi aberto pela promotora eleitoral da 386.ª zona, Bárbara Valéria Cury e Cury.


Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o motivo da visita foi fotografar a casa, objeto da denúncia, um procedimento rotineiro. Mas a coordenação da campanha promete entrar com representação na corregedoria da Polícia Civil contra o delegado Francisco José Alves Cardoso, do 2.º DP de Barueri.


“A ação da polícia é inaceitável. Para averiguar fraude, a primeira providência é sempre chamar o acusado para prestar esclarecimentos, o que não ocorreu. Houve, claramente, desvio de conduta, invasão de domicílio, constrangimento e abuso de autoridade por parte dos policiais”, defende a presidente estadual do partido, Nádia Campeão, que insinuou haver motivação eleitoral por trás das denúncias. Ontem, os vereadores da bancada, liderada pelo PT, protestaram contra a ação da polícia e o posicionamento da Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


PS: Fiquem de olho para descobrir onde as fotos feitas pela polícia paulista vão aparecer…

não desista e leia todas as postagens de hoje

Baixaria Suprema ! Serra
liga para Gilmar. Impeachment !

Quem será o “meu presidente” ?

A Folha (*) divulga na primeira página informação estarrecedora: “Após ligação de Serra, Mendes para julgamento de ação do PT”.

Perto das 14 horas, o jenio ligou para Gilmar Dantas (**) – clique aqui para ler o post “Gilmar dá “HC” a Serra”.

Serra chamou Gilmar de “meu presidente” !

À tarde, com o placar de 7 a 0, Gilmar Dantas – clique aqui para ver que até a Globo agora se refere a ele como Gilmar Dantas rotineiramente – Gilmar interrompeu a votação do Supremo que ia suprimir a exigência de dois documentos para votar.

Ou seja, Gilmar suspendeu uma decisão para atender a interesses eleitorais de Serra.

É o Golpe do Judiciário.

A hondurização do sistema político brasileiro.

A biografia de Gilmar já está maculada por um telefonema: o tal do grampo sem áudio.

Cadê o áudio, Dr Corrêa ?

Agora, esse telefonema e a sub-sequente decisão ofendem o Supremo, na sua essência.

O Supremo já vai mal das pernas.

Dois HCs Canguru, em 48 horas, a um passador de bola apanhado no ato de passar bola.

O perdão aos torturadores do regime militar.

O impasse da Ficha Limpa.

E, agora, segundo a insuspeita Folha (*), uma decisão que pode macular o processo eleitoral e o Supremo – , por causa uma chicana de cupinchas: “meu presidente !”.

O Supremo não vai fazer nada diante dessa chicana ?

O Supremo é Juiz ou é parte ?

O Presidente do Supremo não vai dar uma explicação à Nação ?

Gilmar será capaz de desmoralizar o Supremo tal qual se desmoralizou ?

O Supremo é Gilmar ?

(Em tempo: quem mandou o Gilmar para o Supremo ? Ele, o Príncipe dos Sociólogos, o Farol de Alexandria, FHC. Gilmar foi a pior das heranças do neoliberalismo cardosiano.)

O professor Wanderley Guilherme dos Santos publica hoje na pág. A5, no Valor, artigo excelente – “Repartição da renda faz sua última eleição”.

E explica com profundidade e, é claro, mais argúcia, o que este ordinário blogueiro tinha sugerido, num post: “eleitor da Dilma vai votar no Berlusconi, sem uma Ley de Medios”.

O Professor Wanderley observa que a “a nova classe média tende ao conservadorismo por entender que existem limites à mobilidade social existente”.

Ele sustenta também que essa é a ultima, agonizante, aventura Golpista do PiG (***).

E oferece uma explicação muito interessante: o PiG (***) prega ao vento, porque não arranca mais os militares dos quartéis.

E, sem os militares Golpistas, o Golpe do PiG (***) não existe.

Boa, Wanderley !

Mas, Wanderley observa, no fim do brilhante artigo: “o poder desestabilizador se concentra, hoje, nesse fóssil institucional que é a Justiça Eleitoral”.

Não é a dra Cureau, que tentou calar o Blog dos Amigos do Presidente, e a Carta Capital, quando mereceu essa exemplar resposta do Mino.

O problema está num degrau bem acima da dra Cureau, não é, Wanderley ?

Está no Gilmar Dantas (**) e nesse telefone desavergonhado.

Mas, isso tem conserto.

O novo Senado pode votar o impeachment do Gilmar.

E devolvê-lo ao instituto Fernando Henrique Cardoso, como professor de Ética.

Em tempo: na mesma página do Valor, Maria Inês Nassif escreve outro excelente artigo: “Uma democracia sem adjetivos vai às urnas”. Não perca. O amigo navegante vai reconstituir, lá, as promessas irresponsáveis que o Serra fez na campanha: asfaltar a Transamazônica, um salário mínimo de R$ 600, 13º. para o Bolsa Família, e abono de 10% para os aposentados. Ele diz qualquer coisa, não é Inês ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.


(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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Ele é um jenio !

e você gasta seu dinheirinho comprando essa gente nas bancas (?)

Bala de prata andou pelo Jd. Botânico?


Paulo Henrique Amorim revela os detalhes do que pode ser a maior armação golpista de véspera de eleição. Quase inacreditável. Mas eu já não duvido de mais nada. Essa turma, do lado de lá, está fora de controle.

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A TESTEMUNHA BOMBA DO PIG É PARA ASSOCIAR DILMA AO PCC

por Paulo Henrique Amorim

Indivíduos do Capital e da região de Sorocaba, com diversas passagens pela polícia (roubos, receptação, assaltos à mão armada, seqüestros etc.) foram contatados por políticos , através de um elemento intermediário com trânsito mútuo;

Foram informados de que “prestariam serviços” e levados até um shopping da cidade de São José do Rio Preto;

Lá mantiveram encontro com outras três pessoas, descritas como “muito importantes”, e receberam um adiantamento em dinheiro vivo;

Não se tratava de qualquer encomenda de morte, assalto ou ato criminoso tão comum para os marginais recrutados;

Imediatamente, tais bandidos foram levados até o Rio de Janeiro, a um bairro identificado como Jardim Botânico, onde ficaram confinados por dois dias;

Uma equipe de TV, num estúdio particular, gravou longa entrevista com os bandidos. O script era o seguinte: “somos do PCC, sempre apoiamos o governo Lula e estamos com Dilma”. Não fugiu disso, com variações e montagens em torno de uma relação PCC/Lula/PT/Dilma;

Os bandidos recrutados também foram instruídos a fazer ligações telefônicas para diversos comparsas que cumprem penas em penitenciárias do Estado de São Paulo. A ordem era clara: simular conversas que “comprovassem” a ligações entre o PCC e a campanha de Dilma;

Tudo foi gravado em áudio e vídeo;

A farsa começou a ser desmontada quando o pagamento final pelo serviço veio aquém do combinado;

Ao voltarem para São Paulo, alguns dos que gravaram a farsa decidiram, então, denunciar o esquema, relatando toda a incrível história acima com riqueza de detalhes;

As autoridades já estão no encalço da bandidagem. De toda a bandidagem;

A simulação seria veiculada por uma grande emissora de TV e por uma revista depois do término do horário eleitoral, causando imenso tumulto e comoção, sem que a candidata Dilma Rousseff, os partidos que a apóiam e o próprio governo Lula tivessem o tempo de denunciar a criminosa armação;

Essa é a “bala de prata”. Já se sabe seu conteúdo, os farsantes e o custo, além dos detalhes. Faltam duas peças: quem mandou e quem veicularia (ou ainda terá o desplante de veicular?) a maior fraude da história política brasileira;

Com a palavra, as autoridades policiais.

A propósito, o amigo navegante enviou essa “nota” extraída da imprensa de Brasilia:

29/09/2010 | 00:00 – www.claudiohumberto.com.br
Almoço global
A Rede Globo oferece em São Paulo almoço vip, nesta quinta, data do último debate presidencial, a Leandro Daiello, superintendente local da Polícia Federal – que anda atarefada com inquéritos de Erenice & cia.

militares vão às ruas

Golpe no Equador: militares vão às ruas


Enquanto no Brasil, certo personagem nefasto tenta dar um golpe jurídico no STF, militares estão nas ruas no Equador. Lá o golpe vem fardado. Aqui, vem de toga.

A notícia chegou há pouco. Tropas tomaram Aeroporto Internacional de Quito. Alguns militares e policiais teriam cercado o Palacio, onde estaria o presidente Rafael Correa (mas essa última informação ainda não se confirmou).

O motivo seriam disputas econômicas: presidente Correa queria aprovar lei para reduzir vantagens concedidas a policiais e militares. Correa também falava nos últimos dias em dissolver Congresso e convocar novas eleições – de acordo com uma regra prevista na Constituição equatoriana.

Aparentemente, a movimentação militar de hoje não é um golpe clássico, com motivações político-ideológicas – como ocorreu na Venezuela em 2002, ou em Honduras ano passado.

De toda forma, mostra a fragilidade da democracia na América do Sul. E mostra como – por parte da direita latino-americana – se pode esperar qualquer coisa, literalmente qualquer coisa, em momentos decisivos.

Há quem ache exagero falar em tentativas golpistas no processo eleitoral aqui no Brasil. Mas o golpismo está no ar. Quem convive com gente da classe média e de certa burguesia paulistana sabe bem disso.

Quem conhece a história recente – com os levantes promovidos pela direita na Venezuela, na Bolívia de Evo e no Equador – também sabe que não é prudente duvidar dos pendores golpistas de nossas elites.

Aqui, algumas atualizações que chegam pelo twitter:

- Presidente do Equador atendido em hospital depois de agredido por policiais com garrafas e gás lacrimogêneo http://3.ly/bZVr

-Policias ecuatorianos desatan violentas protestas en Quito en contra del Gobierno” ( http://bit.ly/9jgJWz )

- Policiais fecham aeroporto de Quito e estradas que levam à capital do Equador, que vive crise política http://bit.ly/9J15fP

Fontes para acompanhar tudo que ocorre por lá:

- Atualizações mais frequentes em @hoyurgente e @laradiodelsur

- Equador ao vivo: http://www.telesurtv.net/noticias/canal/senalenvivo.php.

reforço para Serra, a tropa de choque (?)

Reforço para Serra no Distrito Federal

Rodrigo Vianna – O Escrevinhador

Roriz era o candidato de Serra no Distrito Federal. Renunciou. A mulher de Roriz, Weslian, é a nova candidata. Teve performance, digamos, surpreendente no debate da Globo. Assim, Serra vai ser ultrapassado pelo Eymael em Brasília. Veja abaixo alguns dos melhores momentos do desempenho de Weslian no debate:


essa não vale manchete na rasputin (?) to delirando

Serra virou ministro do Supremo?


Vinicio Schumacher Santa Maria escreve:

Oi Marco ! Essa notícia do blog do Nassif, como diz um companheiro, é de cair os butiás do bolso .. vale a publicação !!!

O estilo Dantas na ação entre amigos

Enviado por luisnassif, qui, 30/09/2010 – 09:20

Serra e Gilmar poderiam alegar que nada falaram sobre a votação. Gilmar Mendes, o Ministro que conspurcou o Supremo com acusações sem prova no caso do grampo, que quase criou uma crise institucional com a fala denúncia de grampo no Supremo, afirmou peremptoriamente que não conversaram.

O Supremo tem que mostrar dignidade, agora. Autorizar um inquérito policial onde sejam periciados os telefones de Serra e de Gilmar “meu presidente”. E, confirmada a ligação, demita um Ministro que não soube honrar a toga.

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OUÇA AQUI LUCIA HIPÓLITO CHAMANDO GILMAR MENDES DE GILMAR DANTAS

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Folha de S.Paulo – Após falar com Serra, Mendes para sessão – 30/09/2010

Ministro do STF adiou julgamento que pode derrubar exigência de dois documentos na hora de votar, pedida pelo PT. Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha; julgamento sobre se lei vale continuará hoje

MOACYR LOPES JUNIOR e CATIA SEABRA

Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar. Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo. A solicitação foi testemunhada pela Folha.

No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor. A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.

A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos. Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha. Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como “meu presidente”. Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: “O que estão xeretando?”

Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa. Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade. Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência. O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes. Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência. À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.

Antes da interrupção, foi consenso entro os ministros que votaram que o eleitor não pode ser proibido de votar pelo fato de não possuir ou ter perdido o título. Votaram assim a relatora da ação, ministra Ellen Gracie, e os colegas José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello. Para eles, o título, por si só, não garante que não ocorram fraudes. Argumentam ainda que os dados do eleitor já estão presentes, tanto na sessão, quanto na urna em que ele vota, sendo suficiente apenas a apresentação do documento com foto. “A apresentação do título não é tão indispensável quanto a do documento com foto”, disse Ellen Gracie.

O ministro Marco Aurélio afirmou que ele próprio teve de confirmar se tinha seu título de eleitor. “Procurei em minha residência o meu título”, disse. “Felizmente, sou minimamente organizado.” A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos foi definida em setembro de 2009, quando o Congresso Nacional aprovou uma minirreforma eleitoral. O PT resolveu entrar com a ação direta de inconstitucionalidade semana passada por temer que a nova exigência provoque aumento nas abstenções. O advogado do PT, José Gerardo Grossi, afirmou que a exigência de dois documentos para o voto é um “excesso”. “Parece que já temos um sistema suficientemente seguro para que se exija mais segurança”, disse.

e a rasputin do RS segue o mesmo caminho

Folha: não dá mais pra ler


Por Guilherme Scalzilli

Decido cancelar minha assinatura da Folha de São Paulo depois de quinze anos. Hesitei muito, porque ela foi um baluarte jornalístico para minha geração. Ali acompanhei, adolescente, o movimento Diretas-Já. Colecionava encartes, discutia editoriais. Sonhava em fazer parte do quadro de colunistas do jornal. A Folha era bacana, moderna, quase obrigatória. Planejava o divórcio há algum tempo, mas o adiei porque estava curioso para conhecer a reforma gráfica e as mudanças prometidas pelo novo editor-executivo, o jovem e talentoso Sérgio Dávila. Dupla decepção.

A questão do design é comodamente subjetiva. Sempre haverá o cinismo “especializado” a bafejar que o objetivo era mesmo esse, qualquer que seja o resultado. E o leitor se acostuma a tudo. Inclusive à mancha horrorosa no alto das capas dos cadernos, ou à tipologia que parece colhida nas Publicações Acme dos desenhos animados. Convenhamos, foram muitos esforços humanos e financeiros para se chegar a resultado tão pífio. A Folha perdeu sua cara. Pior, ficou feia. Mesmo os raros acertos têm ar de cópia ou improviso. O tablóide Esportes remete a similares estrangeiros, como o argentino Olé. As redundantes artes explicativas ocupam espaço injustificável.

A reforma editorial trouxe verniz de imparcialidade à cobertura política. Mas o tratamento dispensado aos candidatos presidenciais de 2010 segue tendencioso, para dizer o mínimo. A Folha demonstraria mais respeito pela inteligência dos leitores se deixasse de lado a hipocrisia apartidária, assumindo suas evidentes preferências eleitorais. Assim não precisaria usar subterfúgios rasteiros para disfarçá-las. Eu apurei que a divulgação de factóides sem o devido embasamento é o instrumento ideal para destruir reputações e favorecer projetos obscuros. Profissionais ouvidos no meio enxergam na indiscriminada ocultação de fontes um salvo-conduto para qualquer abuso difamatório.

Ao privilegiar diplomados, a Folha assimilou a baixa qualidade da formação universitária em jornalismo. Os equívocos gramaticais e técnicos são abundantes. A recente inserção de análises pontuais remenda mal os defeitos do noticiário, pois tenta impor vaticínios duvidosos de manjados profissionais que inevitavelmente possuem algum interesse nas questões abordadas. Os jargões de release escancaram o pendor publicitário dos cadernos de variedades, que repetem pautas convenientes à indústria do entretenimento (basta ver as matérias sobre canais pagos e leis de incentivo). Salvo honrosas exceções, os juízos estéticos de seus repórteres são risíveis.

Mas não existe decadência mais constrangedora que a dos espaços regulares de opinião. Abandonando qualquer ilusão de pluralidade, o jornal transformou-se em vitrine para um conservadorismo provinciano, medíocre e repetitivo. Diante da riqueza de nosso mundo acadêmico, a opção por Demetrio Magnoli, Boris Fausto e Marco Antonio Villa chega a parecer acintosa. Os chiliques elitistas de Danusa Leão, o udenismo de Fernando de Barros e Silva, as interjeições antipetistas de Eliane Cantanhêde (“massa cheirosa”, gente?), o neo-reacionarismo de Ferreira Gullar e os venenos de Josias de Souza envergonham a direita esclarecida e republicana que eles talvez julguem representar. Alguém realmente prefere João Pereira Coutinho a Jorge Coli? Luiz Carlos Mendonça de Barros a Paulo Nogueira Batista Jr? Quem faz contraponto ao serrismo de Elio Gaspari? A tolerante ombudsman Suzana Singer?

A presunção messiânica e uma lamentável falta de autocrítica impedem os editores de perceber que certas mesquinharias político-eleitorais destroem aos poucos os maiores patrimônios do jornal. Os editoriais são bobinhos, histéricos, esclerosados. As ameaças veladas ao presidente da República (“fique advertido”), em plena efervescência eleitoral, embutem um espírito autoritário e confrontador que só se viu nos piores momentos da história nacional. Nenhuma credibilidade sobrevive à responsabilização do governo federal por acidentes aéreos, à ficha apócrifa de Dilma Rousseff, à apologia da “ditabranda” ou à acusação de que os críticos da imprensa querem censurá-la. Defender tais absurdos em nome da liberdade de expressão não é apenas irresponsável: é ilegítimo e antidemocrático.

Talvez isso explique a necessidade de operar reformulações periódicas. Como ensinam as cartilhas publicitárias, o consumo inercial e o apelo das mudanças cosméticas inibem o abandono dos produtos de uso cotidiano. Só que a estratégia também pressupõe a satisfação de certas expectativas. A Folha se distanciou dos interesses de seu público a ponto de perder o mínimo papel utilitário que se espera de um veículo informativo. Ela virou um amontoado de páginas e seções descartáveis. Imagine receber, toda manhã, a visita de alguém que tenta iludi-lo, repetindo bobagens e distorções. Agora imagine que você paga, e caro, para ser tratado como idiota. Demora, mas chega um momento em que o prejuízo deixa de compensar.

(*) Guilherme Scalzilli, historiador e escritor.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

esqueçam a rasputin ela não é o RS nem o BRASIL

Que democracia? O Partido da Imprensa Golpista intensifica bombardeio contra Lula, Dilma e as forças populares: eleger Dilma no primeiro turno é termos um governo mais forte para aprofundarmos as mudanças sociais


por Paulo Jonas de Lima Piva

O Partido da Imprensa Golpista (PIG) intensificou hoje e intensificará até domingo o bombardeio contra o governo Lula e sua candidata Dilma Rousseff para forçar o segundo turno. Para isso, diante do fracasso da candidatura Serra, insufla a bola de Marina Silva, candidata que tem boa aceitação na classe média escolarizada, sua principal massa de manobra. O instituto Datafolha, da Folha, panfleto de Serra, logo, uma empresa deveras suspeita, ator político nesta eleição, divulgou pesquisa puxando Dilma para baixo e Serra para cima. CBN e Band News estão histéricos atacando Dilma, Lula e o PT o tempo todo. Quem leu a edição de ontem da Folha ficou chocado com o seu anti-jornalismo. Em suma, temos, de um lado, a grande imprensa no papel de partido da pior direita, do outro, Lula, Dilma e os movimentos sociais sem uma mídia capaz de fazer frente a esse bombardeio, exceto o horáriuo eleitoral gratuito e a blogosfera. Uma democratização dos meios de comunicação é vital para a consolidação da democracia liberal, para evitar esse jogo covarde e sujo, esse desequilíbrio na disputa, portanto, essa desiguialdade de forças.

Eleger Dilma no primeiro turno é fundamental para que se tenha um governo forte para aprofundar as mudanças sociais começadas por Lula. Caso der segundo turno, o governo Dilma será mais fraco, comprometendo assim a profundidade das mudanças.

A face da esperança

Oito anos atrás, eu tinha 23 anos. Mesmo vivendo em meio a política, e àquela altura já com o convívio diário por anos com meu avô Leonel Brizola, minha compreensão sobre a realidade era menor do que é hoje.
Naquela eleição, porém percebia que, mesmo com as concessões que Lula fazia ao status quo com a sua “Carta aos Brasileiros”, era nossa chance de interromper o processo vergonhoso de entrega do patrimônio público e de alienação das riquezas deste país que o governo Fernando Henrique implantou e que pretendia se eternizar através de José Serra.
De fato, os primeiros anos do governo Lula tiveram, essencialmente, a característica da vertigem de crise em que uma década de políticas neoliberais haviam lançado este país.
Necessário, importante, uma pré-condição para o início de um tempo novo. Mas não o tempo novo.
O tempo novo viria, porém, no segundo mandato.
Ali, foi a lucidez da população que fez com que o governo Lula assumisse as características que tem hoje.
Vocês se recordam? Houve uma manipulação dos meios de comunicação tão ou mais intensa do que há hoje. Nós próprios, do campo progressista, muitas vezes não tivemos a consciência do embate em que se travava e, por frações, acabamos por permitir que a eleição fosse a um segundo turno.
E aí, o povo brasileiro, na sua simplicidade, fez aparecer com clareza a decisão que se deveria tomar.
Quando se tornou evidente que a candidatura Alckmin era um instrumento da privatização, da entrega, da dominação colonial deste país, as massas populares arrastaram esse candidato a uma votação – pasmem os que não se lembrarem – menor a que obtivera no primeiro turno.
No processo eleitoral que estamos vivendo agora, está evidente que – muito mais do que qualquer palavra que pronunciemos ou do que qualquer proposta que apresentemos – é a ação feroz, vil, sórdida da direita aquilo
que está ajudando a tornar lúcidas e esclarecidas milhões de consciências brasileiras.
Contingentes cada vez maiores da população tomam consciência de que a direita brasileira vive um conflito insanável com a ideia de democracia.
Não pode ser democrática porque é excludente, má, desumana, e porque não lhe toca o coração ver milhões de seres humanos saindo da pobreza.
Não pode. Porque não lhes amolece a alma ver que as pessoas comem, que as pessoas podem ter o “luxo” de uma geladeira, de uma casinha humilde, de comprar um doce para seus filhos.
Não é democrática, porque não respeita a liberdade de consciência do povo brasileiro. Porque acha que essa população merece servir de vítima de suas jogadas, de manipulações, das manobras mais perversas, com o uso e o abuso dos meios de comunicação que controlam, e que por isso não exerçam, na plenitude, sua liberdade de consciência.
A direita brasileira, agora e nunca, sequer é patriótica. Não vê outro país senão aquele que entrega seu povo, seu território, suas riquezas para que lhe deixe, como intermediária, algumas das migalhas que caem do saque colonial desta nação. Não consegue perceber o Brasil senão como servo, porque ela própria é servil e bajuladora, porque entende o mundo como uma relação entre vassalos e amos.
Tudo tornou-se extremamente agudo e grave, e não foi por nosso desejo.
Quisemos – e queremos – desde o início uma disputa sadia, limpa, aberta. Desbravamos o território livre da internet para trazer a informação, o debate, a discussão. Enquanto a grande mídia vivia apregoando que havia um favorito, lá em cima nas pesquisas de opinião, nós dizíamos aqui: não é verdade.
A mídia, porém, nos chamava de “trogloditas”, “cães da internet”, “turma da kombi”. Desqualificam a informação livre e o debate instantâneo do que dizem ,simplesmente, porque não podem conviver com o contraditório, e muito menos com a verdade.
Oito anos se passaram daquele primeiro embate, onde tudo era uma esperança nebulosa. Quatro anos se foram da segunda batalha, onde os campos mais claramente começaram a se definir.
Agora, meus irmãos e minha irmãs, estamos no limiar de uma nova era da existência deste país.
Não há uma revolução, não há ameaças à liberdade de quem quer que seja. Não há ninguém que vá, neste país, ser privado de qualquer um dos seus direitos civis e humanos.
O que há, de verdade, é uma tomada de consciência por parte do povo brasileiro, que agora se vê como ser humano, como uma coletividade que tem direito a um destino próprio e a felicidade que todo ser humano almeja.
Este povo viu a face da esperança e não vai, façam o que fizerem, protelem o quanto protelarem, mintam o quanto mentirem, afastar seus olhos do brilho luminoso do futuro que o Brasil sabe agora ter ao alcance de suas mãos.

Postado por Brizola Neto

deixa a rasputina encalhar na banca, vem com a gente

Uma onda de solidariedade uniu a nova mídia

Tijolaço

Estou aqui, meio apatetado, olhando as estatísticas de acesso ao site. Chegamos perto de 60 mil acessos em um único dia. Isso é 50% a mais do que ocorre em condições normais. E não foi apenas o tijolaco.com, mas algo que ocorreu em todos os blogs de esquerda, ao ponto de alguns, como o Escrevinhador, de Rodrigo Vianna, terem ficado fora do ar por “excesso” de acessos.
Claro que, com a aproximação das eleições, todos vínhamos crescendo. E, como eu já disse aqui, com algo que a imprensa convencional não conhece: o fato de sermos solidários, não concorrentes. Se alguma competição há, é a de fazer mais e melhor, mas não a de “tomarmos” leitores uns dos outros. Apoiamo-nos uns aos outros, porque sabemos das dificuldades – e um destes exemplos, um dos mais bonitos, vai ser o tema de meu próximo post – que cada um de nós enfrenta.
Mas hoje, explodiu na rede um onda de solidariedade. Ao terror provocado pelo Datafolha, cada um de nós procurou reagir buscando informações, análises, fatos.
Eles, mais uma vez está provado, já não podem tudo contra nós.
Eles já não podem tudo – embora ainda possam muito – contra o povo brasileiro.
A “onda” de solidariedade que nos uniu e nos deu forças para lutar mais e melhor, tem um poder que nem mesmo nós sabemos dimensionar.
Mas temos de acreditar nela, porque nós acreditamos nas coisas boas, lúcidas e espontâneas.
Vamos aumentá-la, amanhã. Em lugar de 60 mil aqui – e, talvez, de 600 mil na rede – que sejamos 100 mil e um milhão. Não sei se o servidor aguentará – “bateu pino” várias vezes hoje – , mas vamos tentar.
Chegamos a um hora em que todo nosso esforço, embora nos sugue o corpo e a alma, ainda é pouco.
Porque pelo povo brasileiro, como no poema de Camões sobre Jacó e Raquel, maior este esforço seria, se não fosse , para tão grande amor, tão curta a vida.

e a rasputin (?) o que pensa do petróleo é nosso

Lula: enfrento o que Vargas enfrentou

É por isso que eles odeiam tanto: o petróleo voltou a ser nosso

Aos poucos, ao longo de sua carreira de líder trabalhista, Luís Inácio Lula da Silva se reconciliou com Getúlio Vargas.

Nem sempre foi assim.

O líder metalúrgico tinha uma visão sindicalista da herança da Consolidação das Leis do Trabalho.

Lula acusava Vargas de ter fomentado o peleguismo e a burocratização dos sindicatos.

Quando Luís Inácio Lula da Silva se tornou Presidente da República, se deu conta, com as tentativas diárias de derrubá-lo, que a trajetória de Vargas tinha sido outra: lutar pelos pobres e defender o interesse nacional, sempre contra o ódio implacável da elite branca (e separatista, no caso de São Paulo) e do PiG (*).

O sacrifício de Vargas atrasou por dez anos a intervenção militar de 64.

Os responsáveis estão vivos até hoje.

Carlos Lacerda e sua versão medíocre, José Serra, a UDN de São Paulo, os filhos de Roberto Marinho, os seus aliados igualmente medíocres, como o Otavinho que nem em delírio se compararia a Assis Chateaubriand.

Vargas criou a Petrobras.

Como disse a Dilma, Lula recomprou o pedaço que o governo FHC/Serra tinha vendido da Petrobrax.

É por isso que Lula se parece tanto com Vargas.

E é por isso que o Carlos Lacerda e o Roberto Marinho odeiam tanto Vargas e Lula.

Lula fará o sucessor no primeiro turno.

Vargas é o seu maior eleitor.

Clique aqui para ler no Tijolaço.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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Ex-presidiário do PiG (*) inocenta PT, mas o PiG (*) não

O PiG (*) se cobre com a lama do Quícoli


Stanley Burburinho, o implacável reparador de iniquidades, analisou o depoimento do presidiário que o PiG (*) transformou em paladino da liberdade.

Ao depor na Polícia Federal, o presidiário negou que tivesse dito que a grana era para o PT.

Disse que torce para o Serra e que, quando o Serra tomar posse, ele vai meter a mão nos 5 bilhões de reais – quantia que, por si própria, faz da história uma patranha.

O desmentido do presidiário não mereceu destaque no PiG (*).

É óbvio.

Quícoli: “Dinheiro de propina não era para campanha de Dilma”


28 de setembro de 2010 • 23h39 • atualizado em 29 de setembro de 2010 às 00h02


Depois do depoimento na Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, nesta terça-feira (28), o consultor Rubnei Quícoli divulgou uma nota pública para esclarecer as diferentes versões sobre sua oitiva na mídia. “Não houve recuo de informação sobre a posição da propina pedida”, informa.


Quícoli, que tem duas condenações e já esteve preso, acusa o filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, Israel, de cobrar uma propina de R$ 5 milhões para viabilizar um financiamento do BNDES para a construção de uma usina de energia solar no Nordeste. O empréstimo foi negado.


Segundo o consultor, o ex-diretor dos Correios Marco Antonio Oliveira é o autor da afirmação de que o dinheiro seria dirigido a Dilma e Erenice. “Em momento algum em nenhuma das entrevistas eu disse que o pedido desta propina era para o Partido dos Trabalhadores”, diz Quícoli. “Em momento algum eu disse que o dinheiro seria para a candidatura de Dilma”, acrescenta.


Quícoli garante que só voltará a Brasília “para dois eventos: a posse do presidente José Serra e a assinatura do empreendimento da usina solar”. “Gravei depoimento para a campanha do Serra como gravaria para a campanha da Dilma, vivemos em um País livre, onde há tanta liberdade que alguns jornalistas distorcem a verdade”, afirma


http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4706456-EI15315,00-Quicoli+Dinheiro+de+propina+nao+era+para+campanha+de+Dilma.html

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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Vamuuuu de Paim e Abigail

Paim e Abgail

Vamos de TARSO Governador!!!!!!!!!!!!!

Rio Grande do Sul, do Brasil, do Mundo

Para quem ainda não viu, o último programa de TV da campanha de Tarso Genro. Matador. Nada empolga mais a militância de uma candidatura do que um programa como esse. Será exibido mais uma vez, hoje à noite, às 20h30min.

esquece o brasil da rasputin, ele não existe! Tome nota e espalhe o BRASIL real

Tome nota e espalhe: o que o Lula vai pendurar no pescoço do Serra

O Conversa Afiada publica os números que o Serra vai carregar no pescoço, segundo sugestão do amigo navegante Murilo:

Murilo

E dá-lhe Lula!!!

http://lulavsfhc.tumblr.com/

Abc!

Serra, só no tapetão


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Vamos votar em nós mesmos - Dilma/Lula

Vídeo: Dilma e Lula penduram
FHC no pescoço do jenio

A campanha da Dilma no horário eleitoral gratuito produziu hoje um vídeo de excepcional qualidade, que só enriquece o currículo do profissional João Santana.

O vídeo é um documentário que resume o bem sucedido governo Lula e, nele, a participação da Dilma.

Utiliza com precisão a grande vitória que foi o lançamento das ações da Petrobras.

Feito sem precedentes, que o PiG (*) menosprezou e criticou.

O vídeo lembra que o governo FHC/Serra pretendia vender a Petrobrax.

No fim da campanha, Lula e Dilma fazem o que o jenio e o PiG mais temiam: comparar o governo FHC/Serra com o governo Lula/Dilma.

Lula e Dilma dão de 10 a 0.

Clique aqui para ler uma esclarecedora tabelinha.

É importante enfatizar a questão formal.

A qualidade dos vídeos da campanha da Dilma revela um grau de sofisticação técnica que apequena o trabalho das Deidades Provinciais que trabalham para os tucanos de São Paulo.

O Rodrigo Maia tinha toda a razão: eles iam ajudar a afundar o Serra.

O vídeo retoma o início da campanha na televisão: Lula é Dilma e Dilma é Lula.

Não há Datafolha ou Globope que desmonte essa comunhão.

Clique aqui para ler “Vox Populi desmoraliza o Datafalha de novo”.

Vá ao blog Amigos do Presidente Lula que a Dra. Cureau queria calar, clique aqui para ler, e veja como a Dilma pendurou o FHC no pescoço do jenio.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

a rasputin é golpista (?) é sim

ERUNDINA NO ATO CONTRA O GOLPISMO





Glecio Tavares gravou todos os pronunciamentos no ato pela liberdade e contra o golpismo midiático. Aqui, o trecho com o discurso emocionante de Erundina e o Hino Nacional cantado ao fim da manifestação.

a rasputin só vê a si mesma

A face da esperança

Oito anos atrás, eu tinha 23 anos. Mesmo vivendo em meio a política, e àquela altura já com o convívio diário por anos com meu avô Leonel Brizola, minha compreensão sobre a realidade era menor do que é hoje.
Naquela eleição, porém percebia que, mesmo com as concessões que Lula fazia ao status quo com a sua “Carta aos Brasileiros”, era nossa chance de interromper o processo vergonhoso de entrega do patrimônio público e de alienação das riquezas deste país que o governo Fernando Henrique implantou e que pretendia se eternizar através de José Serra.
De fato, os primeiros anos do governo Lula tiveram, essencialmente, a característica da vertigem de crise em que uma década de políticas neoliberais haviam lançado este país.
Necessário, importante, uma pré-condição para o início de um tempo novo. Mas não o tempo novo.
O tempo novo viria, porém, no segundo mandato.
Ali, foi a lucidez da população que fez com que o governo Lula assumisse as características que tem hoje.
Vocês se recordam? Houve uma manipulação dos meios de comunicação tão ou mais intensa do que há hoje. Nós próprios, do campo progressista, muitas vezes não tivemos a consciência do embate em que se travava e, por frações, acabamos por permitir que a eleição fosse a um segundo turno.
E aí, o povo brasileiro, na sua simplicidade, fez aparecer com clareza a decisão que se deveria tomar.
Quando se tornou evidente que a candidatura Alckmin era um instrumento da privatização, da entrega, da dominação colonial deste país, as massas populares arrastaram esse candidato a uma votação – pasmem os que não se lembrarem – menor a que obtivera no primeiro turno.
No processo eleitoral que estamos vivendo agora, está evidente que – muito mais do que qualquer palavra que pronunciemos ou do que qualquer proposta que apresentemos – é a ação feroz, vil, sórdida da direita aquilo que está ajudando a tornar lúcidas e esclarecidas milhões de consciências brasileiras.
Contingentes cada vez maiores da população tomam consciência de que a direita brasileira vive um conflito insanável com a ideia de democracia.
Não pode ser democrática porque é excludente, má, desumana, e porque não lhe toca o coração ver milhões de seres humanos saindo da pobreza.
Não pode. Porque não lhes amolece a alma ver que as pessoas comem, que as pessoas podem ter o “luxo” de uma geladeira, de uma casinha humilde, de comprar um doce para seus filhos.
Não é democrática, porque não respeita a liberdade de consciência do povo brasileiro. Porque acha que essa população merece servir de vítima de suas jogadas, de manipulações, das manobras mais perversas, com o uso e o abuso dos meios de comunicação que controlam, e que por isso não exerçam, na plenitude, sua liberdade de consciência.
A direita brasileira, agora e nunca, sequer é patriótica. Não vê outro país senão aquele que entrega seu povo, seu território, suas riquezas para que lhe deixe, como intermediária, algumas das migalhas que caem do saque colonial desta nação. Não consegue perceber o Brasil senão como servo, porque ela própria é servil e bajuladora, porque entende o mundo como uma relação entre vassalos e amos.
Tudo tornou-se extremamente agudo e grave, e não foi por nosso desejo.
Quisemos – e queremos – desde o início uma disputa sadia, limpa, aberta. Desbravamos o território livre da internet para trazer a informação, o debate, a discussão. Enquanto a grande mídia vivia apregoando que havia um favorito, lá em cima nas pesquisas de opinião, nós dizíamos aqui: não é verdade.
A mídia, porém, nos chamava de “trogloditas”, “cães da internet”, “turma da kombi”. Desqualificam a informação livre e o debate instantâneo do que dizem ,simplesmente, porque não podem conviver com o contraditório, e muito menos com a verdade.
Oito anos se passaram daquele primeiro embate, onde tudo era uma esperança nebulosa. Quatro anos se foram da segunda batalha, onde os campos mais claramente começaram a se definir.
Agora, meus irmãos e minha irmãs, estamos no limiar de uma nova era da existência deste país.
Não há uma revolução, não há ameaças à liberdade de quem quer que seja. Não há ninguém que vá, neste país, ser privado de qualquer um dos seus direitos civis e humanos.
O que há, de verdade, é uma tomada de consciência por parte do povo brasileiro, que agora se vê como ser humano, como uma coletividade que tem direito a um destino próprio e a felicidade que todo ser humano almeja.
Este povo viu a face da esperança e não vai, façam o que fizerem, protelem o quanto protelarem, mintam o quanto mentirem, afastar seus olhos do brilho luminoso do futuro que o Brasil sabe agora ter ao alcance de suas mãos.

Brizola Neto - Deputado pelo PDT/Rio de Janeiro

Link: http://www.tijolaco.com/

enquanto isso você vai acreditando na rasputin (?)

Dia de comício

O programa de TV da campanha de Tarso Genro nesta segunda-feira (27) conta um pouco da história do grande comício realizado sexta-feira à noite, em Porto Alegre. Não é nenhum exagero dizer que foi um dos maiores atos políticos já realizados na capital gaúcha. Milhares de pessoas lotaram completamente o Largo Glênio Peres e seus arredores. Há muito tempo que não se fazia um comício com tanta energia, mobilização e quantidade de participantes. O programa capta bem esse clima ao contar a história do ato pela voz de participantes que vieram de diferentes cidades do Estado para Porto Alegre. Quem esteve no Largo Glenio Peres, na enluarada noite de sexta-feira, não apenas participou de um comício, mas viveu momentos de encontros e reencontros nos corredores e arredores do Mercado Público.

e você (?) continua na banca (?) e o seu dinheiro vai pra rasputin (?)

Campanha sobre “censura do PT” falsificou notícia

Os grandes jornais, rádios e redes de TV do Brasil publicaram dias atrás uma notícia falsa e mentirosa que ajudou a alimentar uma burlesca cruzada cívica contra uma suposta ameaça à liberdade de imprensa no país, partindo do PT e do governo Lula. No dia 14 de setembro, o jornal O Estado de São Paulo publicou matéria intitulada “Na BA, José Dirceu critica excesso de liberdade de imprensa no Brasil”. Um trecho da “reportagem”:

Em palestra para sindicalistas do setor petroleiro da Bahia, na noite desta segunda-feira, 13, em Salvador, o ex-ministro da Casa Civil e líder do PT José Dirceu criticou o que chamou de “excesso de liberdade” da imprensa. “O problema do Brasil é o monopólio das grandes mídias, o excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa”, disse.

As declarações atribuídas a José Dirceu são falsas. Mais grave ainda: ele disse exatamente o contrário: “Não existe excesso de liberdade; para quem já viveu em ditadura não existe excesso de liberdade”. (ver vídeo acima)

A mesma matéria falsa e mentirosa foi reproduzida por dezenas de outros veículos de comunicação em todo o Brasil. Algum desmentido? Algum “erramos”? Nada. Do alto de uma postura arrogante e cínica, os editores desses veículos seguiram reproduzindo a informação.

Um outro exemplo, no mesmo contexto da suposta ameaça à liberdade de imprensa que estaria pairando sobre a vida democrática do país. Há dois escandalosos casos concretos de censura registrados na campanha até aqui: ambos foram protagonizados por tucanos. O candidato José Serra exigiu que fossem apreendidos os arquivos de vídeo que registraram sua discussão com a jornalista Márcia Peltier, durante entrevista na CNT. O “democrata” Serra se irritou com as perguntas, ameaçou abandonar o programa e exigiu que as fitas fossem entregues à sua equipe, o que acabou acontecendo. O outro caso ocorreu agora no Paraná, onde o candidato do PSDB ao governo do Estado, Beto Richa, conseguiu proibir na Justiça a divulgação de pesquisas eleitorais.

Onde está a indignação e a ira dos jornalistas, juristas e intelectuais que denunciaram o “mal a ser evitado”? O vídeo acima mostra que as práticas da chamada grande imprensa estão ultrapassando o âmbito da manipulação editorial e ingressando na esfera do crime organizado. É um absurdo que jornalistas que se julguem sérios e que respeitem a profissão que abraçaram sejam cúmplices e/ou omissos diante desse tipo de coisa.

O PT e os partidos e organizações sociais que apóiam a candidatura de Dilma Rousseff poderiam convidar jornalistas internacionais para acompanhar o que está acontecendo no Brasil e divulgar para o resto do mundo esse tipo de prática.