quarta-feira, 15 de março de 2017

a farsa do déficit da previdência

Você sabe como funciona a farsa?



Como funciona a farsa do ROMBO da previdência social!











Desmascarando a Farsa do Rombo da Previdência







O rombo está em outro lugar







Reforma da previdência é roubo art.171






assista a esses dois piadistas...
"a minha aposentadoria... eu nem vou dizer... kkk





a previdência não está quebrada

aprofundando a pobreza




a sociedade precisa se mobilizar contra esse ajuste canalha sustentado por uma mídia conservadora e políticos corruptos!










sexta-feira, 10 de março de 2017

uma mulher negra pode falar sem ser questionada de maneira hostil?


Admitam: vocês não querem ouvir as mulheres negras


Eu tive uma enorme esperança de que a internet brasileira seria resetada após o Grammy, principalmente em razão da “holy mother” Beyoncé. Porém, pelo o que tenho acompanhado já nessa manhã de segunda-feira, ainda estamos sobre a vigência sobre a polêmica que a moça branca instaurou, então eu vou tentar com muita paciência, escrever mais uma vez sobre as coisas que ninguém quer ler, mas que a gente escreve mesmo assim.
O primeiro fato sobre essa história toda é atestar o quanto a credibilidade da branquitude é forte. Ainda não há nenhuma comprovação da veracidade da história contada pela moça. As machetes de jornais e veículos da mídia online chama de “polêmica após usar turbante”, mas a polêmica não se instaurou pelo uso do turbante. A polêmica se instaurou porque a garota contou uma história e essa história foi lida automaticamente como verdadeira. Na postagem a moça narra uma história que é difícil de engolir para qualquer pessoa que é militante do movimento negro ou convive com uma. E a primeira parte da cegueira da esquerda branca reside aí. A pouca ou quase nenhuma convivência com pessoas negras faz com que passe facilmente um cenário que qualquer negro acha no mínimo questionável.
A polêmica não se instaurou pelo uso do turbante. A polêmica se instaurou porque a garota contou uma história e essa história foi lida automaticamente como verdadeira.
Eu também vivo no sul do Brasil, no Rio Grande do Sul mais precisamente, e por aqui o racismo bate numa frequência constante. Preto no sul do Brasil é praticamente invisível. A peculiaridade do relato da moça é que não há como verificar o que ela diz. Descreve uma situação onde não há nomes de quem supostamente atacou, numa descrição do suposto fato que aparenta ser bem ficcional. Chamo atenção inclusive para o apontamento a respeito da beleza das supostas agressoras.
Na historieta contada por Thauane ela diz : “Comecei a reparar que tinha bastante mulheres negras, lindas aliás[…]”. O uso da linguagem aqui é bem alegórico, a menção a beleza parte daquele velho estratagema de se afastar previamente da pecha de racista, afinal, como a moça poderia ser racista se ela inclusive é capaz de ver a beleza das pessoas negras que a agrediram?
O relato de Thaune reascendeu a discussão sobre apropriação cultural e lugar de fala, ambas ignoradas frequentemente pela branquitude, mas que tomaram o centro desse debate porque foram trazidas a baila por uma pessoa branca. E reside aí o principal sobre esses termos. Essa discussão é sempre ignorada por pessoas brancas. Agora, além de ignorada ela tem sido deturpada.
A primeira questão sobre o debate referente a apropriação cultural, que me parece fundamental explicitar aqui, é que ele não passa sobre uma proibição coercitiva do uso de elementos culturais. Sempre achei que isso fosse uma obviedade, mas pelo que tenho lido, inclusive de pessoas eruditas da intelectualidade branca, não é. Portanto explico: a questão nunca foi sobre quem pode ou não usar turbantes, cocares, estampas africanas ou etc. A questão é: porque a estética dos povos não brancos pode ser tão facilmente utilizada pelos brancos e, quando é utilizada pelos povos que originaram essa estética (e sim, eu sei que não foram as mulheres negras que inventaram o turbante) ou colocaram algum significado de resistência sobre ela a mesma estética é ridicularizada ou fetichizada?
Porque uma mulher não negra que utiliza um turbante é vista com admiração e a mulher negra é vista com escárnio? Porque um turbante na cabeça de uma mulher preta é tido como uma “coisa” ridícula, caricata e na cabeça de uma mulher branca é uma peça “high fashion”? E, mais importante do que tudo isso, porque a branquitude se preocupa tanto com o seu direito de utilizar o que for, quando for, mas não tem a menor empatia com a ausência de direitos básicos das populações subalternas?
A internet comprou a história da moça sem nem pestanejar, a empatia automática se dá por dois fatores: primeiro, ela é branca. Segundo, ela tem leucemia.
As pessoas brancas já geram uma empatia automática, mulheres brancas ainda mais. A construção da ingenuidade e inocência da branquitude foi muito bem articulada no imaginário coletivo. De forma concomitante se construiu a imagem de ameaça, bestialidade e agressividade das pessoas negras. Essa condição é histórica e permanente, simples de observar quando se têm olhos de ver. A própria produção cinematográfica clássica atuou nessa construção: o branco herói, defensor de seus direitos tradicionais (propriedade, casamento, civilidade) contra os indígenas e negros bárbaros e violentos. Mulheres negras e indígenas sendo estupradas e vilipendiadas nas telas dos cinemas por fazerem parte desses povos bárbaros, enquanto mulheres brancas ostentavam nas telas beleza, doçura e a angústia pela vida dos heróis que defendiam sua honra e castidade. Essa construção, que esta incutida em todos nós, é responsável pela aceitação tão automática e não questionável de relatos como o de Thauane.
Por outro lado, quando uma mulher negra discorre sobre qualquer situação de violência ou constrangimento, ela está se vitimizando e é, na mesma hora, bombardeada com um sem fim de indagações sobre os “comos” e “porquês”.
Outro aspecto relevante que tenho observado nas redes a partir desse debate, é a insistência da branquitude em infantilizar e domesticar o negro. Lélia Gonzales aponta isso com primazia em seu artigo “Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira”, e os discursos que surgiram com a tentativa de “colocar o negro no seu devido lugar”, a maioria tirando proveito desse episódio para negar o que se tem acumulado sobre as pautas das mulheres negras, demonstra o quão correta é análise da autora.
A branquitude, intelectualizada infantiliza os intelectuais negros, escreve sobre esses conceitos como se nós não tivéssemos conhecimento suficiente para articular por nós mesmos o que é relevante o que não é. Considerando os aspectos do processo de escravização, as construções sociais criadas pelos brancos sobre o negro, e o racismo enquanto fenômeno estruturante das relações sociais, há aqui um contínuo da percepção do negro como um ignorante que quase nada sabe sobre o que fala ou pensa, logo, é nas articulações da intelectualidade branca que se fundamenta o que é valido. A própria concepção do que seja conhecimento, a partir da ideia neutralidade se dá sobre uma centralidade branca. Logo, difícil fazer qualquer tipo de debate fundamentado com a branquitude, ela está demasiado acostumada com a ideia de falar e, jamais, de ouvir.
A branquitude está demasiado acostumada com a ideia de falar e, jamais, de ouvir.
Na outra ponta das interações da branquitude temos a atuação pelo escárnio dos setores da direita. E o episódio da garota paranaense caiu como uma luva para essas pessoas. Pouco tempo depois do episódio, soube que a moça foi contratada pela Alezzia, e aparentemente as mulheres brancas feministas que querem o “direito”(que aliás, nunca foi negado) de usar turbante esqueceram do recente episódio onde a marca de móveis não só veiculou uma peça publicitária que objetificava mulheres como, não satisfeita, ironizou as acusações de machismo com requintes de crueldade típicos dos trolls de internet. Nem mesmo o contrato firmado pela moça com esse tipo de empresa colocou os setores de esquerda que estão firmes na desarticulação das falas e opiniões das mulheres negras para refletir sobre o que de fato está inscrito nesse episódio. E ainda tem a capacidade de cobrar empatia e a famigerada “sororidade” feminina.
Por fim, quero convidar os meus leitores a uma reflexão breve, meus leitores não negros, especialmente aqueles que acham que local de fala, protagonismo das minorias que em verdade são maiorias são besteiras e que tudo se resolve com o critério eurocêntrico de classe. A proposta é simples: vocês conseguem, por um segundo, imaginar uma situação em que uma mulher negra pode falar sem ser questionada de maneira hostil? Vocês são capazes de compreender que a necessidade desses conceitos se dá porque durante toda a história da humanidade a produção de conhecimento e toda a formulação política existente se deu ignorando totalmente o que a população negra tem a dizer ? É possível compreender que a gente troca fácil o uso indiscriminado do turbante pelo direito a ter uma expectativa de vida que supere os atuais índices? Dá para empreender o mesmo esforço em desarticular as construções e contributos da negritude em fortalecer a luta contra o genocídio da população negra e pela equiparação dos índices sociais entre não negros e negros? Dá para entender que inclusive, quem inventou o negro no Brasil foram vocês?
No continente africano meus antepassados não eram negros. A resistência dos povos não negros, como judeus e irlandeses, é tão facilmente reconhecida e tão naturalmente heroicizada exatamente porque são não negros. Nós, por outros lado, somos vistos como bárbaros pouco agradecidos. O esforço imaginário, sei, é profundo para todos vocês, mas sem ele, não há debate possível.
Por Winnie Bueno, originalmente publicado no medium da autora
Imagem destacada: still do clip “Baby Got Back“, de Sir Mixalot, que originou a “Becky de cabelo bom” cantada por Beyoncé na canção Sorry




quarta-feira, 8 de março de 2017

Porto Alegre: Essa luta cresce!


David Coimbra e Marchezan Júnior estão errados
(por Prof. Alex Fraga)



SUL 21




Em sua coluna no jornal Zero Hora do dia 7 de março, o jornalista David Coimbra apresentou razões pelas quais acredita que “Marchezan está certo, os professores estão errados” (este era, aliás, o título do artigo) na questão da reforma imposta sem diálogo pela SMED à rede escolar do Município.

Respondemos, aqui, ao texto de David, para esclarecer alguns pontos equivocados da sua análise.

O colunista começa dizendo: “Para quem não sabe do que se trata: o prefeito quer que os professores fiquem mais tempo com os alunos em sala de aula. São 15 minutos a mais de aula por semana para o professor, o que resulta em três horas e 45 minutos a mais para o aluno. Para o professor, pouco; para o aluno, muito.

Isso é uma mentira da prefeitura repetida inocentemente pela imprensa, que também parece não saber do que se trata. O que acontece de verdade nas escolas: hoje, os alunos entram na escola às 7h30min e saem às 12h. Pela imposição da SMED, os estudantes entrariam na escola às 8h e sairiam às 12h. Isso dá meia hora a menos por dia.

David continua assim: “Para alcançar esse resultado, as escolas não podem mais dispensar os alunos às 10h nos dias de reunião pedagógica semanal. Os alunos, agora, têm de ficar com um professor substituto durante as reuniões.”

Ora, esse “professor substituto” que surgiu, sabe-se lá como, no texto na reforma da SMED é uma entidade mitológica que ninguém na prefeitura é capaz de explicar. NÃO EXISTE essa figura nas escolas e a contratação de substitutos para atuarem durante as reuniões é algo muitíssimo improvável de acontecer, já que a plataforma de Marchezan Júnior é de REDUÇÃO de gastos e não de contratação de mais pessoal. Com quem ficarão os alunos durante as reuniões? O próprio secretário Adriano Naves de Brito, em comparecimento à Câmara, afirmou que caberá à administração escolar definir quem será o responsável pelos alunos durante as reuniões, sem oferecer qualquer tipo de suporte para as direções. A SMED cria o problema e não oferece a solução.

Em seguida, David questiona a própria necessidade de reuniões pedagógicas nas escolas: “Fui aluno, minha mãe foi professora, meu filho é aluno, conheço algo dos sistemas de educação do Brasil e dos Estados Unidos, e nunca tive notícia dessa necessidade de as escolas cortarem meio dia de aula todas as semanas. Sempre tive aula de segunda a sexta, às vezes sábado, no mínimo das oito ao meio-dia, não raro tendo de voltar à escola à tarde para a educação física. Por que não pode ser assim nas escolas municipais de Porto Alegre?”.

Caro David, as reuniões pedagógicas são uma CONQUISTA da rede municipal de Porto Alegre e, além disso, cumprem o disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no Plano Nacional de Educação e os Parâmetros Curriculares Nacionais, que determinam um trabalho interdisciplinar nas escolas. Nossos professores e professoras precisam planejar as atividades pedagógicas e construir planos integrados de ação, e TODOS os membros da equipe têm de participar. Para haver interdisciplinaridade, os profissionais das diferentes disciplinas precisam sentar e dialogar.

Além do mais, querer que cada minuto da carga horária seja cumprido dentro da sala de aula, sem espaço para atividades de planejamento, é uma visão mercadológica do ensino. Escola não é linha de montagem e o trabalho do professor não é quantitativo, mas qualitativo. Planejar é parte fundamental do processo pedagógico e isso deve ser feito dentro da carga horária dos profissionais na escola.

O colunista continua seu texto fazendo uma ode ao servilismo e à moral bovina: “O prefeito não tem apenas o direito de mudar os horários dos professores, tem obrigação de fazê-lo, se é algo compatível com o programa que apresentou nas eleições. Você, assalariado, decide os horários da empresa em que trabalha? Os professores poderiam perfeitamente aceitar a mudança e colaborar para que fosse aperfeiçoada. Mas, não. O que há é manha.”

Talvez o jornalista não saiba, pois a educação não é a sua área direta de trabalho, mas uma das dimensões fundamentais do ensino público é a GESTÃO DEMOCRÁTICA. Nossas escolas não são linhas de montagem controladas por capatazes, mas espaços horizontais de construção coletiva de conhecimentos e de práticas. Em vez de dialogar com as comunidades escolares e propor uma reforma que contemplasse a realidade das escolas e as necessidades dos estudantes e professores, o prefeito e seu secretário inventaram uma reforma que muda o que não precisa ser mudado e precariza as atividades pedagógicas.

O resto do artigo nem merece resposta, pois o autor para de tratar da reforma do ensino para dizer que o Brasil virou um caos porque o brasileiro reclama demais. Sua solução para melhorar o país parece ser sugerir que o povo baixe a cabeça e aceite o que vem de cima, sem contestação.

As comunidades escolares de Porto Alegre, que, felizmente, discordam do colunista, estão fazendo justamente o oposto: resistindo ao autoritarismo de Marchezan Júnior e de seu secretário de Educação. Não estamos sozinhos nessa luta; os estudantes e seus pais estão ao nosso lado na busca por um ensino melhor, por uma cidade melhor. Na mesma manhã em que a coluna de David Coimbra foi publicada, alunos e familiares se reuniram em frente à EMEF Villa-Lobos, na Lomba do Pinheiro, para protestar contra as modificações autoritárias. Essa luta cresce nas demais escolas da rede e não cessará enquanto a voz das comunidades escolares e não for ouvida.

Todo nosso apoio a quem vive a educação: estudantes, familiares, professores, equipes diretivas e funcionários das escolas.

.oOo.

Prof. Alex Fraga é vereador de Porto Alegre pelo PSOL.

quinta-feira, 2 de março de 2017

a intimidade na escola

um ótimo retorno para todos e todas... que saibamos não fugir da boa luta





"não existe lugar mais íntimo e acolhedor na escola que a sala de aula. por que eu sou professor? espera um pouco, já respondo. não, não estou rindo da pergunta. estou sorrindo para a resposta: a sala de aula... a resposta está na sala de aula! que pode e deve estar em qualquer lugar." baitasar

































"e tudo espera aberto e decorado, o aluno que virá, e já chega, que a poeira do cortejo é uma névoa no oriente lento, e as mochilas luzem já na distância com uma madrugada sua." fernando pessoa*

































* alunos e mochilas é uma imperdoável e irresistível intromissão do baitasar

quarta-feira, 1 de março de 2017

Porto Alegre: e já fomos referência em avanços e cuidados...

... agora temos o prefeito dos retrocessos descuidados!




Apoie a manutenção do Projeto “Territórios Negros: afro-brasileiros em Porto Alegre”. Em nome do combate ao racismo, da diversidade e da democracia.



Manoel José Ávila da Silva:

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Igreja Nossa Senhora das Dores está no percurso dos Territórios Negros



Depois de superar muitos obstáculos, o Projeto “Territórios Negros: afro-brasileiros em Porto Alegre” passa hoje pela seu maior desafio, que é continuar atendendo estudantes, professores e comunidades de Porto Alegre, da região metropolitana, do interior do estado, de outros estados e até de outros países, mostrando que nossa cidade tem uma população afrodescendente e que essa população desenvolveu e desenvolve relações, práticas e vínculos sociais que definiram e configuram espaços públicos e privados de nossa cidade. Somos desafiados a continuar promovendo uma política pública de superação do racismo, da discriminação racial e das injustiças que ainda persistem em nossa sociedade, oriundas dos tempos da escravidão. Somos desafiados a continuar afirmando que Porto Alegre é uma cidade multirracial e pluriétnica. Somos desafiados a continuar tratando de temas como o racismo, desconstruindo as suas lógicas perversas no cotidiano escolar. Somos desafiados a perceber que as políticas de reparação e de ação afirmativas são imprescindíveis para que tenhamos uma sociedade brasileira mais justa. Somos desafiados a ver nossa cidade como um espaço que é compartilhado por diferentes culturas, em territórios específicos e justapostos, e que garantem mesmo a sobrevivência e a manutenção dessas culturas. Somos desafiados a contribuir para que tradições como o carnaval, a religiosidade, os espaços de convivência, entre tantas outras, e a memória viva dessas manifestações afro-brasileiras se mantenham vivas e ativas, reconhecidas e pulsantes. Somos desafiados a desenvolver uma atitude que estimule o reconhecimento das nossas, dos nossos outros e outras, que nos dê o sentido e a vitalidade da alteridade... Somos desafiados a construir políticas públicas dialogando com as comunidades. Enfim, somos desafiados a continuarmos sendo, tendo, praticando o princípio que vem no significado da expressão UBUNTU... eu sou quando todos somos!

A nova administração municipal, levando adiante a lógica do “Estado mínimo” e do desmanche dos órgãos públicos, da negação da diversidade e do não reconhecimento das diferenças, que se condensa na ação e na figura do prefeito Nelson Marchezan Júnior, e através da Companhia Carris Porto Alegrense especificamente, mas também por meio da Secretaria Municipal de Educação e das demais instituições governamentais municipais, quer extinguir o Projeto “Territórios Negros: afro-brasileiros em Porto Alegre”.


Estive na equipe que elaborou e colocou em prática o projeto, a partir de 2008, e participei intensamente e com muita emoção, do momento em que ele se tornou regular, em outubro de 2010, junto com colegas brilhantes, empenhados e dedicadíssimos. Comprometidos que éramos, e ainda somos, com o perfeito funcionamento dos serviços públicos de toda ordem.

Desde então já passaram por essa experiência de conhecimento/reconhecimento/identificação da e com a cidade e sua população negra mais de 50 mil estudantes, professores e cidadãos, mulheres, homens, jovens e crianças que recompuseram e reconfiguraram suas perspectivas em relação às suas próprias vidas. Negros, brancos, indígenas, locais e estrangeiros, que se fortaleceram nas suas falas e ações, na sua estima e no respeito ao olhar para um outro, uma outra, que se fazia vivo, viva bem diante de seus olhos...

Tudo isso ocorreu quando escolas infantis, do ensino fundamental, do ensino médio, universidade com alunos de graduação e pós-gradução, percorreram o trajeto dos territórios negros de nossa cidade no projeto que a atual administração municipal quer extinguir.

Porque não concordamos com o retrocesso, com a negação de nossa diversidade, porque desejamos a democracia, queremos que o Projeto “Territórios Negros: afro-brasileiros em Porto Alegre” seja mantido.


Manoel José Dos Porongos



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SAC DA CARRIS, E DA CHEFIA DE GABINETE DA
PRESIDÊNCIA DA CARRIS,




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Algumas imagens da formação de professores e professoras nos Territórios Negros de Porto Alegre: mulheres, homens, jovens e crianças que recompuseram e reconfiguraram suas perspectivas em relação às suas próprias vidas como um espaço que é compartilhado por diferentes culturas

















































Algumas imagens dos estudantes (adultos, jovens e crianças) sendo desafiados a ver nossa cidade como um espaço que é compartilhado por diferentes culturas