quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Tá na sua mão escolher: braZil ou BraSil!

O Brasil de 200 bilhões de barris.
Que querem entregar

 
 
O pré-sal reativou a Quarta Frota americana. Daqui a pouco desembarca – PHA
 
 
Conversa Afiada
           



O Conversa Afiada reproduz artigo de Paulo Metri, veiculado pelo Correio da Cidadania:

Brasil de 200 bilhões de barris



(Veiculado pelo Correio da Cidadania​ a partir de 25/02/15)

Paulo Metri – conselheiro do Clube de Engenharia e colunista do Correio da Cidadania

O setor do petróleo fornece um farto material para a constatação da ganância humana. Com a pretensão de trazer alguma explicação para o que acontece nestes dias com o Brasil, sem existir preocupação alguma da mídia para explicar, defendo a tese de que ocorreu uma rápida ascensão do nosso país no ranking daqueles atrativos para o capital internacional. Até 2006, era um país com abundância de recursos naturais, território e um razoável mercado consumidor. Mas ele não possuía petróleo em quantidade suficiente para se tornar grande exportador. Era fornecedor de minérios e grãos não tão valiosos no mercado internacional quanto o petróleo. Implícito está que o preço do barril irá subir brevemente para algum valor, pelo menos, em torno de US$80.

A partir dos anos 90, o Brasil perdeu graus de soberania e passou a ser um exemplar subalterno do capital internacional. Por exemplo, tem uma lei complacente de remessa de lucros, permite livre trânsito de capitais, não protege a empresa nacional genuína, tem uma política de superávit primário e câmbio que tranquiliza os rentistas, permite a desnacionalização do parque industrial, oferece a subsidiárias estrangeiras benefícios fiscais e creditícios, tem uma mídia hegemônica pertencente a este capital, que aliena a sociedade, e possui uma defesa militar incipiente. Assim, pode-se dizer que, após 1990, a sociedade brasileira passou a ter uma maior sangria de suas riquezas e seus esforços para o exterior. Este era o Brasil subalterno, que só tinha 14 bilhões de barris de petróleo, suficientes somente para 17 anos do seu consumo.

Em 2006, descobre-se o Pré-Sal, que pode conter de 100 a 300 bilhões de barris de petróleo, dos quais 60 bilhões já foram descobertos – e em menos de dez anos. Ao mesmo tempo, começou-se a recuperar a proteção à industria nacional, com a proibição da compra de plataformas de petróleo no exterior. Também, decidiu-se recompor as Forças Armadas, com o desenvolvimento de submarinos e caças no país, e, também, novos equipamentos de defesa para o Exército. Recentemente, decidiu-se desenvolver um avião militar de transporte de carga.

O Brasil, que já vinha participando do Mercosul, amplia sua interação soberana em outros fóruns internacionais, como a Unasul, a Celac e os Brics, contrariando interesses geopolíticos dos Estados Unidos. Recentemente, um banco e um fundo monetário dos Brics foram criados. Ocorreu no período, também, a mudança da política externa do Brasil, que buscou a aproximação com os países em desenvolvimento da África, do Oriente Médio e de outras regiões, sem hostilizar os Estados Unidos, a Europa e o Japão. A presidente Dilma propôs aos países da ONU uma ação conjunta para conter a espionagem internacional, que tem participação da CIA e da NSA, do governo dos Estados Unidos.

Com a descoberta do Pré-Sal, abandona-se o modelo das concessões, que permitia a quase totalidade do lucro e todo o petróleo irem para o exterior. Adota-se o modelo do contrato de partilha para esta área, que é melhor do que a concessão. No contrato de partilha, uma parte adicional do lucro, acima do royalty, vai para o fundo social e parte do petróleo vai para o Estado brasileiro. Decidiu-se também escolher a Petrobras para ser a operadora única do Pré-Sal, o que é importante para maximizar a compra de bens e serviços no país. No leilão de Libra, foi formado um consórcio com a participação de duas petrolíferas chinesas, fugindo-se ao esquema de só participarem empresas ocidentais. No final do ano de 2014, quatro campos do Pré-Sal, que somam cerca de 14 bilhões de barris, foram entregues diretamente à Petrobras, sem leilão, o que contrariou as petrolíferas estrangeiras que desejavam vê-los leiloados.

A partir da descoberta do Pré-Sal, a Quarta Frota da Marinha dos Estados Unidos é reativada em 2009, o presidente norte-americano Barack Obama vem ao Brasil em 2011 e seu vice-presidente se transforma em figura fácil de ser encontrada aqui. Ele se reúne diretamente com a presidente da Petrobras, o que é muito estranho. O governo norte-americano procura levar a qualquer custo a presidente Dilma para uma visita oficial aos Estados Unidos, com direito a jantar na Casa Branca, considerada uma honraria sem igual. Por esta e outras razões, FHC gostaria muito de o Pré-Sal ter sido descoberto no seu mandato, mas ele só se preocupava em preparar a Petrobras para a privatização. Surpreendentemente, meu candidato a um prêmio das Nações Unidas para grandes promotores da paz no mundo, Edward Snowden, nos informa que até os telefones da presidente Dilma foram interceptados pela inteligência estadunidense.

O tempo passa e chega o momento de nova eleição presidencial no Brasil. O capital internacional de forma geral e, especificamente, o capital do setor petrolífero, com grande influência na Casa Branca, quiseram aproveitar esta eleição para mudar algumas regras de maior soberania, estabelecidas nos últimos anos, inclusive as do Pré-Sal. Além disso, o capital internacional quer eleger um mandatário do Brasil mais subserviente. Assim, explica-se a campanha de muito ódio e enorme manipulação executada pela mídia deste capital no período eleitoral. Possivelmente, a NSA e a CIA, utilizando empresas estrangeiras aqui estabelecidas, devem tê-las incentivado a contribuir com recursos para eleger os seus candidatos em 2014, formando uma bancada no Congresso Nacional que é um misto de entreguistas com alienados corruptos, porém, muito fiéis aos doadores de campanha.

Com o acontecimento independente da descoberta dos ladrões na Petrobras, aliás, muito bem-vindo pelos estrategistas do roubo do petróleo nacional, o terceiro turno da campanha presidencial tomou corpo na mídia, assim como a tarefa de confundir a população para acreditar que a Petrobras rouba dinheiro do povo e não são os ladrões ocupantes de cargos nela que roubam.

Com uma Petrobras fraca, de preferência até privatizada, fica mais fácil levar o petróleo do Pré-Sal. Um fato importante é que, no governo FHC, existiram denúncias que a Polícia Federal e o Ministério Público pareceram ser ineptos e a mídia criminosamente benevolente com o governo. Uma destas denúncias foi a de compra de votos para a reeleição, que, mesmo com um réu confesso declarando ter recebido dinheiro para votar a favor da reeleição, nada teve de apurada; já a mídia, deu divulgação mínima e o Ministério Público não apresentou denúncia à Justiça.

Enfim, para o bem ou para o mal, tudo mudou de figura. Morreu o Brasil de só 14 bilhões de barris de petróleo. Ele terá, brevemente, uma reserva de 200 bilhões de barris, que corresponderá a uma das três maiores do mundo e irá requerer muitas medidas de soberania, se é que a sociedade brasileira deve usufruir desta riqueza. Assim, agora, na visão do capital internacional, o Brasil não chega a estar se tornando um país antagônico, como China, Rússia, Irã e Venezuela, mas está criando regras e tomando medidas hostis a este capital. Está-se no estágio da busca da cooptação dos poderes e do controle da população pela mídia do capital.

Contudo, a população não está, na sua imensa sabedoria, acreditando tanto na mídia. Se a população não der apoio para o plano do impeachment da presidente, novas tramas poderão acontecer, como uma “primavera brasileira para tirar os ladrões da Petrobras do governo”. Eventualmente, será um golpe de Estado dado pelo Congresso com o apoio da mídia. O povo precisa não dar apoio à quebra do regime democrático e não apoiar também governantes que permitam a perda do Pré-Sal.

Blog do autor: http://paulometri.blogspot.com.br/



Em tempo: no ato em defesa da Petrobras, em que disse a Dilma “diz que ganhou a eleição!”, Lula contou que criou o braço de Defesa da Unasul em resposta à recriação da Quarta Frota. - PHA

A cumpanherada não aparece na lista, se tivessem ia ser um adeus nos acuda! Só tem os amigão do peito...


HSBC: “furo” do UOL
saiu há 14 dias em Portugal!




A explicação do Fernando Rodrigues merece um Nobel do Jornalismo PiGal !


Conversa Afiada






De Fernando Brito, no Tijolaço:



OS CRITÉRIOS (ATRASADOS) DO UOL PARA A LISTA DO HSBC SÃO OS MESMOS PARA TODOS?




Fernando Rodrigues, colunista do UOL que é “dono” da lista das contas secretas do HSBC na Suíça solta mais um pedacinho da sua “verdade seletiva”.

Desta vez, empresários de ônibus, à frente dele a figura emblemática de Jacob Barata.

Aquele que casou a filha numa festança suntuosa no Copacabana Palace, com direito a cenas de Maria Antonieta e Gilmar Mendes, o lento, de padrinho.

O dono da lista justifica a publicação das contas de Barata e não de outras.

“Há interesse público na informação: as linhas de ônibus no Brasil são concessões do Estado”.

Mesmo aceitando o “critério” de Rodrigues – o que é uma tolice, porque todo empresário tira a sua fortuna do público, seja como concessionário, seja como vendedor de produtos e serviços (não dá para comprar um sabonete com o desconto do dinheiro mandado para fora pelo “saboneiro”) fica a pergunta:

E os concessionários de rádios e emissoras de televisão, não são concessionários?

Será o sr. Rodrigues capaz de dizer que não há concessionários da mídia no “listão da evasão”?

A Globo, por sinal, mantinha uma empresa de fachada na mesma Road Town, Ilhas Virgens, onde Barata sediava a empresa que operava a conta no HSBC.

Ou será que Rodrigues publicou o “furo de reportagem” porque, há duas semanas, o Diário de Notícias, de Portugal, já tinha publicado a informação de que Barata era titular de uma conta no banco suíço, republicando informações de um jornal angolano?

Ou seja, é uma “novidade de segunda mão”.

Que os nossos “jornalões”, neste instante, repercutem furiosamente.

Será que vamos depender dos jornais lá de fora para que o “interesse público” exista aqui?



Leia mais:

HSBC: JORNAL FAZ EMPRÉSTIMO E SE CALA​

AMAURY CAI FORA DO HSBC DA FEL-LHA

HSBC: MPF VAI INVESTIGAR O SWISSLEAKS

O que eles querem? Inocente... mudar o sistema de partilha do pré-sal


A tentativa de desmontar a Petrobras










O editorial do jornal O Globo de ontem é claro. O interesse maior não é o de punir malfeitos, prender corruptos e corruptores: é mudar o sistema de partilha do pré-sal. Trata-se de uma bandeira profundamente rentável, a se julgar pelo afinco com que veículos se dedica a ela.



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A geopolítica do petróleo não é uma mera teoria da conspiração: é um dado da realidade, por trás dos grandes movimentos políticos do século, especialmente em países que definiram modelos autônomos de exploração do petróleo. E as mídias nacionais sempre tiveram papel relevante, não propriamente por convicções liberais e internacionalistas.

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Para o editorial, o Globo certamente teve o auxílio do ectoplasma de algum editorialista dos anos 50. Os bordões são os mesmos: "O PT, ao reagir ao petrolão, ressuscita um discurso da década de 50 e recoloca o Brasil na situação de antes da assinatura dos contratos de risco, no governo Geisel: o petróleo era “nosso”, mas continuava debaixo da terra. Agora, do mar".

Valia nos anos 50, antes que a Petrobras conseguisse sucesso nas suas prospecções. É uma piada em 2015, quando a empresa consegue extrair 700 mil barris diários do pré-sal. Aliás, é o segundo erro do jornal. O primeiro é supor que a Petrobras ou o sistema de exploração do petróleo é bandeira do PT.

Trata-se de um pilar de política industrial e social que vai muito além dos jogos partidários.

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As propinas pagas são caso de polícia. Corruptores e corrompidos precisam ser identificados, processados e presos. Pretender atribuir a corrupção à empresa ou ao modelo de exploração do pré-sal é malandragem política.

Diz o editorial: "Se a Petrobras, em condições normais, já tinha dificuldades para tocar esse plano de pedigree “Brasil Grande”, agora é incapaz de mantê-lo. Não tem caixa nem crédito para isso. Não há como sustentar o modelo".

A empresa enfrenta problemas momentâneos de caixa, que poderão ser resolvidos com desmobilizações, com a entrada em operação de vários dos investimentos e assim que houver um mínimo de competência política do governo, para deslindar o novelo policial-financeiro criado pela Lava Jato.


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Ao longo das últimas décadas, os avanços proporcionados pela Petrobras foram muito além da atividade principal, de tirar petróleo. Hoje em dia, a prospecção em águas profundas é a única tecnologia global na qual o país se destaca, ao lado da aeronáutica.

A política de conteúdo nacional fortaleceu toda uma cadeia de fabricantes de máquinas e equipamentos. O transporte de combustíveis e as plataformas permitiram recriar a indústria naval. A pesquisa brasileira avançou uma enormidade através das pesquisas em rede com as principais universidades nacionais.

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Nos últimos anos, a Petrobras foi vítima de três atentados. Do PT, ao permitir e ampliar a permanência de esquemas de financiamento de campanha, destruindo os sistemas internos de controle da empresa. Do governo Dilma, ao conferir responsabilidades inéditas à empresa e, ao mesmo, tirar-lhe o oxigênio com os sub-reajustes tarifários. E, agora, da oposição e da velha mídia, valendo-se do álibi da corrupção para bancar campanhas pouco nítidas para seus patrocinadores.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Um Bom Ano Letivo: Inteligência Cordial e Espiritualidade!

O que precisa ser incorporado ao processo de educação



Leonardo Boff

21/02/2015



Geralmente o processo educativo da sociedade com suas instituições como a rede de escolas e de universidades estão sempre atrasadas em relação às mudanças que acontecem. Não antecipam eventuais processos e custam-lhes fazer as mudanças necessárias para estar à altura deles.

Entre outras, duas são as grandes mudanças que estão ocorrendo na Terra: a introdução da comunicação global via internet e redes sociais e a grande crise ecológica que põe em risco o sistema-vida e o sistema-Terra. Podemos eventualmente desaparecer da face da Terra. Para impedir esse apocalipse a educação deve ser outra, diversa daquela que dominou até agora.

Não basta o conhecimento. Precisamos de consciência: uma nova mente e um novo coração. Precisamos também de uma nova prática. Urge nos reinventar como humanos, no sentido de inaugurar uma nova forma de habitar o planeta com outro tipo de civilização. Como dizia muito bem Hannah Arendt:”podemos nos informar a vida inteira sem nunca nos educar”. Hoje temos que nos reeducar e no reinventar como humanos.

Por isso, acrescento às dimensões acima referidas, estas duas: aprender a cuidar e aprender a se espiritualizar. Mas antes faz-se mister, previamente, resgatar a inteligência cordial, sensível ou emocional. Sem ela, falar do cuidado e da espiritualidade faz pouco sentido. A causa reside no fato de que todo sistema moderno de ensino se funda na razão intelectual, instrumental e analítica. Ela é uma forma de conhecer e de dominar a realidade, fazendo-a mero objeto. Sob o pretexto de que a razão sensível impediria a objetividade do conhecimento, foi recalcada. Com isso surgiu uma visão fria do mundo. Ocorreu uma espécie de lobotomia que nos impede de nos sentir parte da natureza e de perceber a dor os outros.

Sabemos que a razão intelectual, como a temos hoje, é recente, possui cerca de 200 mil anos quando surgiu o homo sapiens com seu cérebro neo-cortical. Mas antes dele, surgiu há cerca de 200 milhões de anos, o cérebro límbico, por ocasião da emergência dos mamíferos. Com eles, entrou no mundo o amor,o cuidado, o sentimento que se devotam à cria. Nós humanos, esquecemos que somos mamíferos intelectuais. Logo, somos fundamentalmente portadores de emoções, paixões e afetos. No cérebro límbico reside o nicho da ética, dos sentimentos oceânicos como os religiosos. Antes ainda há 300 milhões de anos, irrompeu o cérebro reptilínio que responde por nossas reações instintivas; mas não é o caso de abordá-lo aqui.

O que importa é que hoje temos que enriquecer nossa razão intelectual com a razão cordial, muito mais ancestral, se quisermos fazer valer o cuidado e a espiritualidade.

Sem essas duas dimensões não iremos nos mobilizar para cuidar da Terra, da água, do clima, das relações inclusivas. Precisamos cuidar de tudo, sem o que as coisas se deterioram e perecem. E então iríamos encontro de um cenário dramático.

Outra tarefa é resgatar a dimensão da espiritualidade. Ela não deve ser identificada com a religião. Ela subjaz à religião porque é anterior a ela. A espiritualidade é uma dimensão inerente ao ser humano como a razão, a vontade e sexualidade. É o lado do profundo, de onde emergem as questões do sentido terminal da vida e do mundo.

Infelizmente estas questões foram tidas como algo privado e sem grande valor. Mas sem sua incorporação, a vida perde irradiação e alegria. Mas há um dado novo: os neurólogos concluíram que sempre que o ser humano aborda estas questões do sentido, do sagrado e de Deus, há uma aceleração sensível nos neurônios do lobo frontal. Chamaram a isso “ponto Deus” no cérebro, uma espécie de órgão interior pelo qual captamos a Presença de uma Energia poderosa e amorosa que liga e re-liga todas as coisas.

Avivar esse “ponto Deus” nos faz mais solidários, amorosos e cuidadosos. Ele se opõe ao consumismo e materialismo de nossa cultura. Todos, especialmente os que estão na escola, devem ser iniciados nessa espiritualidade, pois nos torna mais sensíveis aos outros, mais ligados à mãe Terra, à natureza e ao cuidado, valores sem os quais não garantiremos um futuro bom para nós.

Inteligência cordial e espiritualidade são as exigências mais urgentes que a atual situação ameaçadora nos faz.




https://leonardoboff.wordpress.com/2015/02/21/o-que-precisa-ser-incorporado-ao-processo-de-educacao/




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E se o outro fosse ocê? O que ocê faria?


"Não é uma questão de sentimentalismo. E um bom coração também não é a questão de sair por aí num tipo de euforia de falso amor, negando o sofrimento e dizendo que tudo é benção e alegria. Não é assim. Um coração genuinamente bom é um coração que é aberto e é ávido por compreensão. Ele ouve as tristezas do mundo. Nossa sociedade está errada ao pensar que a felicidade depende da satisfação dos nossos próprios desejos e vontades. Por isso nossa sociedade está tão miserável. Somos uma sociedade de indivíduos, todos obsessivos com o esforço por nossa própria felicidade. Estamos desconectados do nosso sentimento de interconexão com os outros, estamos desligados da realidade. Porque na realidade estamos todos interconectados." Jetsunma Tenzin Palmo


Daí eu leio o meu camaradinho Vitor Ribeiro escrevê essa mensagem: "João Crisóstomo, místico cristão do século IV, disse certa vez: "Nenhum ato virtuoso será grande se não for realizado em vantagem dos outros. Portanto, não importa quanto tempo você jejuar, não importa o quanto você durma no chão duro ou coma cinzas ou suspire continuamente, se você não fizer bem aos outros, você não fará nada grandioso." Boa Quaresma e Feliz Ano Novo budista a tod@s!

Sim, estamos interconectados! Né?


OProfessor e o baitasar gostaria de dar uma contribuição pequenina: "Não importa quanto ocê conheça os conteúdos da sua matéria, tenha estudado, planejado suas aulas, se você não fizer bem aos seus alunos e alunas, eles não vão entrá na sua. Se ocê não se conectar com a felicidade dos outros a sua felicidade será um suspiro interrompido por um susto, depois outro, mais outro... e ocê desiste, não existe felicidade! Aos gritos."

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Como puderam esquecer a primeira vez? Ocê esqueceu a sua primeira vez?


Dias e as duas faces de Moro


Sem a máscara, revelou-se um militante anti-petista !


Conversa Afiada







O Conversa Afiada reproduz irretocável análise de Mauricio Dias, na imperdível Rosa dos Ventos, na Carta Capital:

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

E a água para dar descarga?


Petrobras, Sabesp e a mídia seletiva








Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:



Um amigo meu pergunta no Facebook: “O que a Dilma quer? Convencer todo mundo de que a Petrobras tem que ser privatizada?”

Entrei na conversa.

“Acho que a pergunta certa é: o que a mídia quer com esse bombardeio? Compare com a Sabesp, que está prestes a deixar os paulistanos sem água para dar descarga e ninguém fala nada.”

A Petrobras, para os conservadores, deixou de ser uma empresa petrolífera. Ela se transformou no caminho mais curto para ataques a Dilma e ao PT.

É para isso que a Petrobras serve, hoje: é um instrumento para desestabilizar o governo petista.

Os fatos são minuciosamente escolhidos e manipulados.

Companhias gigantes com ações nas bolsas oscilam extraordinariamente de valor, em certas circunstâncias.

O petróleo enfrenta uma situação particularmente complicada: há um excesso de oferta.

Os preços desabaram.

Os países produtores, agrupados na OPEP, decidiram, até aqui, não responder ao problema com o mecanismo clássico de redução da oferta.

Dentro desse horizonte, todas as empresas do ramo sofrem.

Seu produto vale menos, e consequentemente suas ações também.

Este é o drama real da Petrobras – e de todas as empresas que produzem petróleo.

Todas elas valem menos agora do que valiem antes da recente crise petrolífera. São oscilações de bilhões de dólares.

Normalizada a situação, com o petróleo voltando aos patamares habituais, o valor das empresas oscilará positivamente em vários bilhões de dólares.

Por isso, não adianta você pegar um quadro atípico para tirar conclusões.

Mas é o que a mídia faz, não com o intuito de “salvar a Petrobras”, mas para afundar o PT.

Por mais doída e constrangedora que seja, a questão da corrupção responde apenas por uma parte mínima da perda de valor das ações da Petrobras.

Quando o mercado se normalizar, a Petrobras voltará a valer o que valia antes, bem como todas as corporações do ramo.

A diferença é que o processo de valorização não será notícia.

A Petrobras é sólida o bastante para enfrentar intempéries.

O barulho incessante em torno dela contrasta com o silêncio obsequioso em relação à Sabesp.

O cidadão não é diretamente afetado pela alta ou baixa do petróleo. Mas quando uma empresa que deveria fornecer água entra em colapso, aí sim você tem uma situação de calamidade.

É a escola que pode parar de funcionar. É o banho que pode deixar de ser tomado. É a empresa que pode carecer de água para funcionar.

O drama vinha vindo, sabe-se hoje. No entanto, não foram tomadas providências que reduziriam as ameaças que pairam agora sobre os paulistas.

O motivo da inação criminosa chama-se eleição.

Alckmin não queria correr o risco de perder votos caso houvesse algum tipo de corte na água da população.

Depois, a conta viria, como veio. Mas aí as eleições já teriam passado.

Em nenhum momento a imprensa, ao longo da campanha, cobrou de Alckmin atitudes de interesse público.

A explicação benevolente para isso é que a mídia não tinha noção da gravidade das coisas.

Aí seria um caso de inépcia monumental.

A explicação mais provável é que a imprensa não estava interessada em aprofundar um assunto que poderia custar o cargo do amigo Alckmin.

E assim chegamos ao que estamos vendo agora.

Todos os holofotes se concentram na Petrobras, para a qual tudo se normalizará assim que os preços do petróleo no mercado mundial se restabelecerem.

Enquanto isso, a Sabesp de Alckmin é uma nota de rodapé – ainda que possa faltar aos paulistas água para dar descarga.