segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Os Professores, as Professoras e o CPERGS... já ouviram as ideias do Vice do Sartori?


As ideias do vice de Sartori: “lá na minha fazenda não tem lei trabalhista”


outubro 17, 2014






Se o candidato José Ivo Sartori (PMDB) não apresenta propostas concretas e detalhadas sobre o que pretende fazer, caso seja eleito para o governo do Estado, seu vice, o empresário José Paulo Cairoli é bem mais explícita na apresentação e defesa de suas ideias. Cairoli vinha sendo uma presença discreta na campanha de Sartori, até que o tema da valorização do salário mínimo regional entrou no debate eleitoral.

O empresário é um adversário histórico da política de valorização do salário mínimo e Sartori, durante os debates, sinalizou que não pretende dar continuidade a essa política. “Não considero o salário mínimo regional uma política de governo”, afirmou. Em um depoimento disponível no Youtube, Cairoli expõe suas ideias sobre meritocracia, legislação trabalhista, sindicatos, relação capital x trabalho. Ele indica de modo claro o que aparece de modo sinuoso e dissimulado na fala de Sartori. Algumas de suas ideias:






Meritocracia: ferramenta para o funcionário se esforçar mais

“A meritocracia é uma ferramenta para estimular o colaborador, o funcionário a fazer um trabalho com mais esforço do que simplesmente cumprir aquele papel de funcionário. A meritocracia é a ação do gestor com muito mais condição de valorizar quem se dedica mais e quem tem mais resultado.

Nada mais justo do que ser remunerado. Como é que vai nivelar uma pessoa que produz mais com outra? É através do resultado. Então, sem dúvida nenhuma, a meritocracia é uma ação moderna para aferir resultados e dar um benefício aquele que ajudou a construir essa relação, esse crescimento da sua empresa.

A meritocracia deve envolver inclusive a família. Tem muitas empresas fazendo isso. A família saber que o pai ou a mãe, se cumprir tal meta, vai ganhar tal coisa. As metas têm que ser ousadas para se buscar essas alternativas. Meta não é para melhorar salário. Tem que ter um salário digno e a partir daí entra a meritocracia. Não pode ser uma acomodação para justificar ganhar mais um pouquinho”.

“Lá na minha fazenda não tem lei trabalhista”

“O que nos atrapalha é que temos uma legislação trabalhista ainda do tempo de Getúlio Vargas. Hoje ela está obsoleta, tem muita coisa que precisa ser mexida. É uma coisa tão óbvia: por que é que eu não vou remunerar uma pessoa que contribuiu mais do que outra? Se olhar nas origens do segmento rural já é assim, se faz numa relação entre o empregador e o empregado, que é uma coisa que todos estão de acordo. Lá na minha fazenda isso a gente faz há horas. Só que não tem lei trabalhista, não tem nada. Eu remunero, e pronto. E sem contrato. É no fio do bigode. Se tu produzir tanto, vai ganhar tanto por cento. É assim que funciona. A pessoa, por mais capacidade genética que tenha, tem que ter um esforço pessoal”.

Os sindicatos não ajudam

“Cada vez mais os sindicatos prejudicam essa relação. Eles não ajudam. Esse processo sindical atrasado só traz prejuízo. Quando entra o sindicato, se tem dificuldades”.

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