sexta-feira, 31 de agosto de 2012

violência contra a mulher: Basta!


Caminhada do “Basta de Violência contra a Mulher” vai ser domingo


31/08/2012


Informações do CDES-RS

Marcha é uma reação ao grande número de assassinatos ocorridos neste ano, que já superaram os índices de 2011

A gente geralmente vê estatísticas e não enxerga as pessoas por trás, mas a violência contra a mulher é um problema bem sério da sociedade. O Brasil é o sétimo país do mundo onde mais ocorrem assassinatos de mulheres. Não dá, né? Por isso, domingo (2), vai ter uma caminhada na Redenção, em Porto Alegre, com o lema “Basta de Violência contra a Mulher”, dando início a um conjunto de ações para reduzir as agressões e mortes e promover a igualdade de gênero. A concentração vai ser na frente do Monumento ao Expedicionário, às 10h30.

Durante a caminhada será divulgada uma carta de recomendação contendo sugestões destinadas a diversos órgãos ligados ao Poder Público ou à sociedade civil.

“É inaceitável conviver com estes atos de agressão e morte de mulheres. Convidamos toda a sociedade a somar-se a este movimento”, convoca o secretário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS), Marcelo Danéris.

A secretária de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, sugere que os participantes vistam alguma peça de roupa lilás ou branca.

Estatística dolorosa

Seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. Somente na última década, 43 mil delas foram assassinadas, sendo 70% dessas mortes dentro de casa. O machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como os principais fatores que contribuem para a violência e, segundo a ONU, a violência doméstica custa R$ 10,5% do PIB.

Femicídios neste ano já superam 2011

Em todo o ano de 2011 foram assassinadas 46 mulheres no Rio Grande do Sul. De janeiro a agosto deste ano o número chega a 50, revelou a coordenadora das Delegacias de Atendimento à Mulher, Nadine Anflor. Um diagnóstico realizado pela Secretaria de Segurança Pública nos primeiros cinco anos da Lei Maria da Penha (agosto de 2006 a agosto de 2011) apontou o assassinato de 327 mulheres, enquadrado como femicídio pela terminologia da nova lei.

“É mentira que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. É preciso envolver a família, amigos, colegas de trabalho, parentes e toda a rede de relações das pessoas que sofrem violência para monitorar e denunciar situações de abuso e violência doméstica para alterar este quadro que machuca toda a sociedade”, disse Danéris.

Onde procurar ajuda em caso de violência

Em caso flagrante, primeiro acione a Brigada Militar (Disque 190). Entre em contato com a Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, através do Escuta Lilás – Ligue 0800 5410803, que é o número de utilidade pública do Centro de Referência da Mulher do RS (CRM/RS), ligado à SPM. Você também pode ligar para o 180.

Por telefone ou presencialmente, assistentes sociais, psicólogas/os e advogadas/os do CRM/RS orientam as mulheres em situação de violência sobre seus direitos e sobre os serviços disponíveis para o atendimento de suas demandas. A rede é composta por delegacias, casas-abrigo, Defensoria Pública, Ministério Público, juizados, postos de saúde, centros de perícia, centros de educação, reabilitação e responsabilização dos agressores, organismos de políticas para as mulheres, Núcleos de enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, movimento de mulheres e Centrais de Atendimento à Mulher, como o “Ligue 180″.

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