terça-feira, 13 de março de 2012

Porto Alegre: Só falta privatizar o ar, hein... Fortunatti?


O DMAE e os perigos da terceirização

Nos últimos 3 anos, fatos lamentáveis têm ocorrido em Porto Alegre, em atividades da órbita do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE). Não se trata, porém, de desqualificar os servidores públicos que estão ali fazendo seu trabalho sério e diário. Estes acontecimentos dizem respeito a empresas terceirizadas que estão assumindo, cada vez mais, áreas antes gerenciadas pelo Poder Público.
Em passado recente, uma repavimentação mal feita ocasionou o óbito de um motociclista na Zona Sul da cidade. O serviço foi delegado a uma empreiteira que colocou somente brita no local e não fez a devida sinalização. Resultado: uma morte
No ano passado, na construção de uma Casa de Bombas, também na Zona Sul, dentro do Projeto Integrado Sócio-ambiental, uma laje de concreto caiu ocasionando a morte de dois operários e ferimentos graves em outros. Dois engenheiros do DMAE, semana passada, foram indiciados por homicídio culposo e outros dois da terceirizada também. O CREA abriu estudo para verificar a culpabilidade dos profissionais envolvidos.
E, para finalizar esta via-crúcis de tragédias, um caminhão-pipa virou neste sábado próximo da Rua Mariz e Barros. E, adivinhem, naturalmente era um veículo terceirizado com motorista idem.
A terceirização é uma via que vem conduzindo, a passos largosa à privatização dos serviços.
No entanto, a captação, tratamento e abastecimento de água e o tratamento de esgoto devem ser públicos e universais. É inconcebível visar lucro num item vital como a água. Com a terra e á agua já incluídos na relação dos privatizáveis, resta agora o ar. Por quanto tempo?

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