domingo, 31 de outubro de 2010

e o paulo preto (?) esse não vai dar pra varrer

Lula e a sordidez do Serra: até o Papa ele usou na campanha

Serra à direita, com os Reis Magos do Metrô


Logo após votar em São Bernardo do Campo, Lula desabafou, com incontida irritação.

Acusou o Serra de realizar a campanha eleitoral mais sórdida de que ele, Lula, se lembra.

E Lula participou de quatro campanhas presidenciais e de uma para governador.

Ele – nem ninguém – nunca viu nada igual.

Lula recriminou em Serra a politização da religião.

Primeiro, o casamento gay e o aborto.

Como Bush, o filho, sem tirar nem pôr.

Como se a Dilma fosse a favor de matar criancinhas.

E o aborto só se tornou menos visível (porque, “invisível”, sempre esteve) quando se soube que a própria mulher do santarrão tinha feito aborto.

Depois, a irreligiosidade da Dilma.

Logo ele, Serra, que crê em Deus como FHC: com a devoção com que crê na monogamia.

Serra manipulou até uma declaração do Papa contra o aborto.

Disse o Lula hoje de manhã: a Igreja é contra o aborto desde sempre.

Por que só agora a Igreja seria contra o aborto com o propósito de eleger o Serra ?

Serra termina a sórdida campanha de 2010 na manjedoura em que se acolherá, daqui em diante.

Segundo o artigo da página três da Folha (*) de hoje, Serra, além de convertido à Opus Dei, é favor da “decência”.

É a velha UDN de São Paulo, de Herbert Levy, do Padre Godinho, o último redutos dos santarrões de São Paulo.

Decência, sem duvida.

Ele é a favor da decência do Robanel.

A decência do Paulo Preto.

A decência da mãe do Paulo Preto, que cedia guindastes ao Robanel.

A decência da licitação com carta marcada do metrô.

O Alckmin deveria pregar ao Serra a mesma peça que o Serra lhe pregou.

Ao assumir o Governo do Estado, Serra, na frente de Alckmin, como um Defensor Implacável dos Valores, anunciou que ia “rever os contratos”.

Como se o Alckmin fosse um corrupto.

Agora, Alckmin, ao assumir, deveria fazer o mesmo: rever os contratos da “família Paulo Preto” e a concorrência de carta marcada do metrô.

Em nome da decência.


Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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