quinta-feira, 29 de julho de 2010

E a Yeda? Está fugindo do Serra!

Serra: Nem genéricos, nem programa de AIDS

Desde 2002, nas eleições que disputou e nos programas do PSDB ( veja aqui e aqui) José Serra se dizia e foi exaustivamente apresentado como o Pai dos Genéricos e o criador do Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde.

O Viomundo denunciou aqui que Serra e o PSDB mentiam sobre os genéricos. E aqui que mentiam sobre o Programa Nacional de DST/Aids. Provavelmente temendo ser desmascarado nos debates e no horário eleitoral, Serra agora contou a verdade. Antes era propaganda enganosa, mesmo.

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Não fui eu que inventei os genéricos, diz Serra

Tucano participou de festa oferecida a ele pela senadora Kátia Abreu (DEM) em Palmas, Tocantins

Adriano Ceolin, enviado a Palmas | 27/07/2010 23:52

no Último Segundo

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou na noite desta terça-feira que não foi o idealizador do remédio genérico. Nas últimas semanas, o PT tem tentado retirar de Serra a paternidade da quebra de patentes dos medicamentos.

“Não fui que inventei [os medicamentos] genéricos. O genérico já existia como ideia. Eu nem sabia quando assumi o Ministério da Saúde”, disse o tucano ao discursar de festa oferecida para ele na casa da senadora Kátia Abreu (DEM), coordenadora da campanha de Serra no Tocantins.

O presidenciável afirmou que a proposta de se criar os medicamentos genéricos foi apresentada a ele pelo então deputado federal Ronaldo Cézar Coelho (PSDB-RJ), que é ex-banqueiro e nesta eleição é candidato a primeira suplente na chapa de Cesar Maia (DEM).

Serra também disse que não idealizou o programa de combate à Aids, uma das bandeiras da gestão frente à pasta da Saúde entre 1998 e 2002. “Eu toquei o programa da Aids para acontecer na prática, mas não foi ideia minha”, disse.

“Truques e mentiras”

No mesmo discurso, Serra acusou o PT de espalhar “mentiras” a seu respeito. Citou como exemplo mais recente o boato de que privatizaria a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

“[Espalham] mentiras que vai fechar isso, vai fechar aquilo. Nunca tive essa ideia [de privatizar a Ceagesp]. Até porque aquilo lá já é privado. Só a administração é pública. É o tempo inteiro esse tipo de coisa”, disse. “É mentira, truque e insulto”.

Em seguida, Serra citou que o PT faz “espionagem” e lembrou o caso da violação do sigilo fiscal do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge. “Tem um jogo aí e não se debate ideias”, afirmou.

Serra citou Dilma ao lembrar participação em palestra em São Paulo que a petista teria dito que a carga tributária no Brasil é boa. “Ela falou. Está declarado. Eu disse não concordo. Não posso comparar o Brasil com a Suécia”, completou.

O tucano também fez provocações ao senador Aloízio Mercadante (PT), seu adversário na campanha para o governo do Estado de São Paulo. “Ganhei com um pé nas costas. Até porque o candidato era fraco, sem credibilidade”, disse Serra, que venceu a disputa no primeiro turno.

Cerca de 2 mil pessoas participaram da festa promovida na casa da senadora Kátia Abreu para Serra e para o candidato ao governo do Tocantins pelo PSDB, Siqueria Campos. Entre os presentes, estava o prefeito de Almas, Leonardo Cintra, que liberou do trabalho alguns secretários para participar de uma caminhada com Serra em Palmas.

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