segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dia dos Avôs e das Avós

Comemora-se o Dia dos Avôs e Avós em 26 de julho. E esse dia foi escolhido para a comemoração porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.

História

Conta a história que, no século I a.C., Ana e seu marido, Joaquim, viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal, um anjo do Senhor apareceu e comunicou que Ana estava grávida, e eles tiveram a graça de ter uma menina abençoada a quem batizaram de Maria. Santa Ana morreu quando a menina tinha apenas 3 anos.

Devido à sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos. Maria cresceu conhecendo e amando a Deus e foi por ele a escolhida para ser Mãe de Seu Filho Jesus.

São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avôs e avós.


Mais uma boa reflexão de Mikhail Naimy, sobre os mais velhos.

Terrível carga é a Velhice, tanto para o homem como para os animais; e os homens dobram o peso dessa carga pela sua cruel negligência. Para com uma criança recém-nascida desfazem-se em cuidados e afeição, mas para um homem ou mulher curvados ao peso dos anos, reservam a sua indiferença, mais do que o seu cuidado; seu aborrecimento, mais do que a sua simpatia. Tão impacientes são em ver um recém-nascido crescer e tornar-se adulto, como em ver uma pessoa idosa ser engolida pela cova.

Os muito jovens e os muito velhos são ambos incapazes de cuidar de si, mas a incapacidade das crianças atrai o amoroso sacrifício e auxílio de todos, enquanto que a incapacidade dos velhos só desperta o auxílio resmunguento de alguns, e na verdade, os velhos merecem mais simpatia do que as crianças.

Quando a palavra tem de bater fortemente, e por muito tempo, para penetrar num ouvido que já foi sensível e alerta ao mais leve sussurro; quando os olhos que já foram límpidos se tornam um salão de dança para as mais estranhas manchas e sombras; quando o pé que parecia dotado de asas se torna um bloco de chumbo, e a mão que moldava a vida se torna um molde quebrado; quando o joelho parece não ter junta, e a cabeça é um títere preso ao pescoço; quando a mó do moinho está gasta, e o próprio moinho é uma tenebrosa caverna; quando se levantar é suar com receio de cair, e o sentar-se é a dolorosa dúvida quanto ao levantar-se de novo; quando o comer e beber é recear as conseqüências de ter comido e ter bebido, e quando o não comer e não beber é ser presa da odiosa Morte;

Sim, quando a Velhice desce sobre uma pessoa, então é chegada a hora, meus companheiros, de emprestarmos a ela ouvidos e olhos e de dar-lhe mãos e pés e amparar com o nosso amor as forças que a abandonam, fazê-la sentir que ela não é, de modo algum, menos amada pela Vida nos dias da sua decadência do que nos dias em que era uma criança que crescia, ou um jovem a desenvolver-se.

Quatro vintenas de anos podem não ser mais do que abrir e um fechar de olhos em relação à eternidade: para uma pessoa que se semeou durante quatro vintenas de anos é muito mais do que um piscar de olhos. Ela é o alimento para todos aqueles que colhem a sua vida. E qual a vida que não é colhida por todos?

Não estais vós colhendo, neste mesmo instante, a vida de todos os homens e mulheres que já caminharam nesta Terra? Que é o vosso falar senão a colheita do deles? Que são os vossos pensamentos senão a revolta dos seus pensamentos? Vossas próprias roupas, vosso alimento, vossos implementos, vossas leis, vossas tradições e convenções não são elas as roupas, as casas, o alimento, os implementos, as leis, as tradições e as convenções dos que aqui estiveram e se foram embora antes?

Nenhuma coisa colheis uma vez só, mas todas. elas colheis todas às vezes. Vós sois os semeadores, a colheita, os ceifeiros, o campo e a eira. Se a vossa colheita é pouca, olhai para a semente que semeastes em outros e a que permitistes que eles semeassem em vós.

Olhai também para o segador com sua foice e para a eira. Uma pessoa idosa, cuja vida vós ceifastes e pusestes nos silos, certamente merece o vosso maior cuidado. Se amargardes com a vossa indiferença os seus anos, que ainda são ricos em coisas para serem colhidas, aquilo que já colhestes e guardastes e o que ainda possais colher, amargará em vossa boca.

Não é honesto aproveitar a colheita e depois amaldiçoar o semeador e o ceifeiro. Sede bondosos para com as pessoas de todas as raças e climas, meus companheiros.

Elas são o alimento para a vossa jornada em direção a Deus.

Sede, principalmente, bondosos para com as pessoas de idade, pois a vossa falta de bondade pode estragar o alimento e não conseguireis chegar ao término da viagem.

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