terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Maximo Gorki

"A ciência e a literatura têm muito em comum; em ambas a comparação e o estudo são de fundamental importância; o artista, como o cientista, necessita de imaginação e intuição". M. Gorki, Como aprendi a escrever, 1984, p 13. Estamos avaliando nossas crianças dentro e fora da escola, para saber se elas aprendem a ler e fazer contas. Atributos básicos para o mercado. Essa é a característica básica da escola pública deste século? Aperfeiçoar corpos e almas para o mercado? É mais fácil... talvez, não precisamos nos preocupar além de letras e números. Mas e a imaginação e a intuição, onde é possível encontrá-las? Certamente, não está nesta escola de letras e números, muito menos, nas avaliações que se metem a medir o ensino. Qual ensino? Qual educação? O primeiro argumento é que a escola pública não tem a vocação de descobrir e fortalecer artistas. Então, qual a sua vocação? Espero que não seja a disposição de alimentar o gado para o abate. Mas, enfim, parece que só nos é possível sonhar, a realidade é outra. Também, não lembro destas avaliações medirem o cotidiano dos conflitos em sala de aula. Embate dos que lutam por suas idéias e que precisam aprender a não desistir delas. Qual é a prova externa que mede a mediação com esses alunos de imaginação e intuição diferente da lógica do mercado? Eu sei, inclusive, a lógica da mídia perdeu a imaginação e a intuição, suas pautas, via de regra, são condicionadas pelo mercado. Nossos políticos perderam a imaginação e a intuição, também, estão a disposição do mercado, tudo cabe dentro da mesma cesta. A minha intuição sussurra que essa história não é bem assim, não vai terminar da melhor maneira para os excluídos e mantidos fora dos acordos. A minha imaginação faz alarido e quer mostrar-me que pode ser diferente, aliás, já houve tempo em que foi diferente. Basta ouvir algumas histórias.

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